'Após trabalhar muito', Leandrinho sonha com o primeiro título na NBA

Estadão Conteúdo
04/06/2015 às 11:21.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:21

O Brasil tem um representante na final da NBA pelo segundo ano consecutivo. Depois de o pivô Tiago Splitter conquistar o título pelo San Antonio Spurs na temporada passada, Leandrinho tem a chance de repetir o feito. O Golden State Warriors, do brasileiro, faz o primeiro jogo da série melhor de sete contra o Cleveland Cavaliers, nesta quinta-feira (4), na Oracle Arena, em Oakland.

Com 12 anos de experiência na liga norte-americana, o armador admitiu em entrevista exclusiva que está ansioso para entrar em quadra em um momento inédito na carreira. Leandrinho lamenta a ausência de Anderson Varejão, lesionado, o que impedirá um encontro entre brasileiros na decisão. E diz qual precisa ser o comportamento da equipe para tentar parar LeBron James, astro do rival e derrotado por Splitter na última final, ainda pelo Miami Heat.

Agência Estado - Depois de tanto tempo na NBA, qual o sentimento de alcançar uma final?

Leandrinho - A realização de um grande sonho. São 12 anos de liga e ao longo desses anos trabalhei duro, me sacrifiquei em busca disso. Espero poder colher os frutos com e conquistar esse sonhado título.

AE - Ano passado o Tiago Splitter foi o campeão. Você será o segundo brasileiro com um anel da NBA?

Leandrinho - Espero que sim, trabalhei muito forte durante toda a temporada, com treinos coletivos e individuais. Foram poucos os dias em que não fui para o ginásio à noite treinar arremessos e realizar trabalho de prevenção de lesões.

AE - É uma pena o Anderson Varejão estar lesionado...

Leandrinho - Fico orgulhoso de poder representar o Brasil na final mais concorrida do basquete mundial. Imagina se tivéssemos dois brasileiros em quadra...

AE - Como fazer para minimizar o jogo do LeBron James?

Leandrinho - É uma missão muito difícil, que com certeza exigirá um pouco mais de todos nós. Temos de marcar com intensidade e muita atenção. Com o James Harden (na final da Conferência Oeste contra o Houston Rockets) já tivemos um baita teste de dificuldade. O LeBron é muito forte e talentoso, mas estamos trabalhando para fazer o nosso melhor.

AE - Em que você acredita que o Golden State pode surpreender?

Leandrinho - As duas equipes puderam se estudar muito, é complicado pensar em um fator surpresa. Temos de manter nossa intensidade, nosso ritmo de jogo, nossa forma de jogar, tanto dentro como fora de casa. Penso que assim teremos mais chance de conseguir o título. Temos um grande adversário do outro lado, mas ao mesmo tempo só nós sabemos o quão forte nosso time é e o quanto queremos este anel.

AE - Como é jogar na Oracle Arena? É possível comparar com o apoio das torcidas de futebol do Brasil?

Leandrinho - É diferente. O jogo é outro, o comportamento dos nossos fãs também é diferente dos do futebol. Mas basta ver nosso retrospecto em casa (46-3, incluindo os jogos dos playoffs). Dificilmente jogamos mal. É um trunfo a nosso favor. É o nosso caldeirão.

AE - Você compara o seu papel atual com o que exerceu no Phoenix Suns, quando foi eleito o melhor sexto jogador do ano?

Leandrinho - São times diferentes, estilos de jogo distintos. Eu participava mais do jogo ofensivo nos Suns. Hoje sou importante também na marcação e sobretudo na velocidade da transição.

AE - Sobre seleção, a Fiba promete divulgar no dia 30 de junho se o Brasil vai ter vaga direta nos Jogos Olímpicos. Se o Brasil tiver de se classificar pela Copa América,
você pretende jogar? O (técnico argentino) Rubén Magnano conversou com você sobre isso?

Leandrinho - Eu me encontrei com o Magnano aqui nos Estados Unidos e nosso papo foi muito bom. Estou no aguardo dessa definição, sempre estando à disposição da seleção. Sempre é uma grande honra para mim defender nosso país.
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