Mandando tudo para o alto

Álvaro Castro - Hoje em Dia
24/08/2014 às 11:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:55
 (Divulgação)

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Esqueça os grandes romances, os roteiros água com açúcar e as grandes discussões filosóficas. Não espere recursos ilimitados, traquitanas de última geração e aquela estrutura digna de Hollywood. O desafio do trio do Cinelab, primeira produção brasileira do Canal Universal, vai te mostrar como resolver aquela explosão usando recursos criativos e aquela apertada na carteira.   Estrelada pelos especialistas em efeitos especiais e visuais Kapel Furman, Armando Fonseca e Raphael Borghi, o programa, com ares de reality show vai mostrar os desafios de se criar cenas espetaculares, como perseguições, explosões e até mesmo um apocalipse zumbi com baixo orçamento.   A brincadeira (muito séria, diga-se de passagem) contará, em sua primeira temporada, com 13 episódios. Em cada um deles, um produtor desafiará o trio a mandar algo (ou alguém) pelos ares da forma mais fidedigna possível e com o menor custo. A coisa é feita em paralelo à produção de um filme (por isso reality show) no set de filmagem e não em um estúdio separado. Com isso, chuva, orçamento e dead line apertados também acabam entrando na conta.   Diretor e roteirista de cinema e videoclipes, Armando Fonseca bateu um papo bem-humorado sobre os desafios da produção brazuca.    Filmes com cenas de ação e efeitos especiais são parte da nossa filmografia. É muito mais divertido fazer filmes de ação e efeitos especiais com tiros, explosões, perseguições do que um drama onde um cara magrelo fica chorando pelado no banheiro. Não que não seja uma boa história a ser contada, mas filmar enredos paradões não é tão legal quanto filmar uma luta em cima de um caminhão em movimento ou simular um tiroteio, e ainda assim é possível dar uma carga dramática a filmes mais movimentados”, diz.   Desafios   Segundo Armando, o desafio já começa na pré-produção, já que muitas das técnicas precisam ser aprimoradas e desenvolvidas “na hora”, como por exemplo, construir um polvo gigante assassino em uma festa na piscina ou um verme maldito correndo por debaixo da terra ao perseguir um cowboy. Soma-se a isso as dificuldades do clima, que muitas vezes não é ideal para a tomada em questão.   “É um desafio fazer o Cinelab, porque por muitas vezes vamos fazer efeitos que não sabemos exatamente como executar ou talvez nunca fizemos o efeito numa escala tão grande. É sempre um filme com um orçamento baixo e desafiador”, diz.    Acrescenta que tudo de um episódio sendo filmando em um só dia faz a correria ser intensa durante o set inteiro. “Tem que ter muita criatividade para contornar problemas que surgem. Então, por mais que problemas insolúveis possam acontecer, é preciso quebrar a cabeça para ter um filme pronto”.   O Cinelab chega às telinhas dos canais pagos em um momento bastante propício para a produção nacional de conteúdos para a televisão. Desde 2012 é obrigatória a exibição de produções brasileiras na TV a cabo. Com isso, abre-se mais espaço para os profissionais interessados em trabalhar com TV, cinema, e demais áreas afins.   “Para quem quer trabalhar, está tudo esquentando. Cada vez mais, vemos filmes nacionais sendo feitos, e agora aumentando o número de produções brasileiras na TV paga. Com isso, é claro que o mercado vai ter uma demanda maior por profissionais capacitados na área”, conclui.   Produzido pela Boutique Filmes, o Cinelab irá ao ar também no Syfy e Studio Universal. No Syfy, a estreia será no dia 8 de setembro, segunda-feira, às 19h45, e no Studio Universal, no dia 12 de setembro, sexta, às 21h30. 

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