PMDB recua e agora defende mais 30 dias para a CPI

Andreza Matais - Folhapress
16/10/2012 às 15:42.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:16

BRASÍLIA - A CPI do Cachoeira se reúne nesta terça-feira (16), a portas fechadas, para discutir se prorroga os trabalhos ou se encerra a investigação na próxima semana. O PMDB, que na última semana fechou acordo com o PT para finalizar as investigações, recuou diante da repercussão negativa que o acordo produziu e tem defendido internamente ampliar por mais 30 dias a comissão de inquérito. O prazo defendido pelo PMDB, no entanto, é insuficiente para que a CPI receba novos dados de quebra de sigilo, se houver pedidos neste sentido.    O presidente da CPI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), é quem defende a nova posição, que isola o PT. O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), já elaborou seu relatório final.    O PPS já avisou que não irá aceitar a prorrogação por apenas 30 dias. "Nós queremos quebrar o sigilo das empresas laranjas. Tem mais de R$ 200 milhões que foi dinheiro para abastecer caxa de campanha em 2010. Em 30 dias [de duração da comissão] não dá tempo. É só para dar um tipo de satisfação, mas no fundo não vai acontecer nada", disse o líder do partido, Rubens Bueno (PR).   O PDT e o PSOL também defendem a prorrogação por tempo maior.    A oposição começou a coletar assinaturas para prorrogar a CPI na semana passada, mas até agora não recolheu nenhuma na Câmara e apenas 16 no Senado. São necessárias 171 na Câmara e 27 no Senado.    A CPI foi criada para investigar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que, segundo a Polícia Federal, corrompeu agentes públicos e explorou o jogo do bicho.   A comissão se propôs a investigar supostas relações de políticos com o esquema de Cachoeira que usou a empreiteira Delta, que tem contratos com diversos governos federal e estadual.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por