O racha entre o Cruzeiro e a Minas Arena está tão evidente que, na última quarta-feira, os torcedores que foram ao Mineirão acompanhar a classificação na Copa do Brasil (4 a 0 sobre o Resende) demonstraram insatisfação até mesmo com a falta de um detalhe na entrada do estádio.
A iluminação em tom azul, utilizada no primeiro jogo do time estrelado à noite, contra o América-TO, em 6 de fevereiro, pelo Campeonato Mineiro, não foi vista pelos cruzeirenses mais atentos, que cobraram da diretoria uma solução para o “problema”.
O diretor de tecnologia do clube, Aristóteles Loredo, o Totti, exigiu um posicionamento da concessionária que administra o Gigante da Pampulha. De acordo com ele, a Minas Arena informou que, por causa da umidade, vários sensores foram queimados. No entanto, Totti, acredita que, na volta ao estádio, em julho, isso já tenha sido resolvido.
O Cruzeiro só volta a jogar no Mineirão daqui a dois meses, quando receberá o Náutico, em 14 de julho, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Nesse período o estádio será utilizado pela Fifa para a Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho.
Depois da estreia contra o Goiás, domingo, no Independência, a Raposa recebe o Corinthians (5/6) e o Internacional (8/6), ambos na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Intervenção
Quando voltar de Londres, onde se encontra para acompanhar a final da Liga dos Campeões, sábado, entre Bayern de Munique e Borussia Dortmund, o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, pretende recorrer ao governador Antônio Anastasia (PSDB) para pedir sua interferência junto à empresa.
A revolta do Cruzeiro com a parceira Minas Arena se tornou pública após a execução do hino atleticano, na decisão do estadual. Além disso, a Raposa acusa a empresa de falta de transparência e não cumprimento do contrato de fidelidade, que tem validade de 25 anos.