Armador do Houston Rockets sonha em defender Brasil em 2016

Gazeta Press
14/09/2012 às 07:22.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:16
 (Reprodução/Facebook)

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Um dos reforços do Houston Rockets na NBA sonha com a possibilidade de defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016. Nascido em Nova York, o armador Scott Machado, 22 anos, é filho de brasileiros e pode atuar pelo time nacional.

"Eu já penso nas Olimpíadas de 2016, sim. Seria algo incrível para mim e para a minha família", disse o jogador à Gazeta Esportiva em seu português com sotaque gringo. Scott chegou a defender a Seleção que disputou as Universíades-2011, e diz ter se sentido bem com a camisa amarela: "adorei".

A família do armador é originária de Porto Alegre e resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos. O pai chegou a sonhar com a carreira de jogador de futebol no Brasil, mas virou carpinteiro e atualmente trabalha como motorista, enquanto a mãe do atleta tornou-se diarista.

Um dos destaques da NCAA, a liga de basquete universitária dos Estados Unidos, Scott terminou com a melhor média de assistências (9,9 por partida), pela Universidade de IONA. Apesar da pouca idade, ele já dá sinais de que pode defender o País de origem da família.

A comissão técnica chefiada pelo argentino Rubén Magnano chegou a convocar o atleta para o período de preparação da Seleção voltado ao Sul-americano de 2012, mas ele recusou o chamado justamente para priorizar o draft da NBA. De longe, torceu pelo time nacional nas Olimpíadas de Londres.

"A equipe do Brasil é talentosa. Não conhecia muito o Marquinhos, mas achei ele muito bom. Vi também que o Larry Taylor joga como naturalizado", observou Scott, que também foi elogioso ao falar do armador Marcelinho Huertas: "gostei do jeito que ele joga".Ao longo das últimas temporadas, astros como Nenê, Anderson Varejão e Leandrinho tiveram dificuldades para defender a Seleção em função de problemas burocráticos na NBA, algo que Scott espera evitar em caso de convocação. "Não sei exatamente como as coisas vão funcionar, mas tomara que seja possível resolver", disse.

Apesar das boas credenciais do brasileiro, uma franquia demonstrou interesse por ele apenas na penúltima escolha do draft. Audacioso, Scott preferiu recusar o San Antonio Spurs para evitar a possibilidade de ser enviado pela equipe para um período de adaptação no basquete europeu, e apostou na Liga de Verão.

"Eu sempre tive o objetivo de chegar até a NBA, mas comecei a acreditar que conseguiria apenas no ano passado. Fiquei surpreso por não ter sido escolhido antes no draft, mas não frustrado. Sabia que haveria alguma equipe interessada e preferi tentar mostrar meu jogo na Liga de Verão", afirmou o filho de brasileiros, formado em marketing.

Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Nenê (Washington Wizards) e Tiago Splitter (San Antonio Spurs) terão a companhia dos novatos Scott Machado (Houston Rockets) e Fabrício Melo (Boston Celtics) na NBA.

"Acho que contar com cinco brasileiros na liga é uma coisa positiva para o País, porque mostra aos outros jogadores que é possível chegar até aqui", disse o armador do Houston Rockets.

Scott Machado mantém contato constante com Fabricio Melo, que defendia a Universidade de Syracuse na NCAA. "A gente se conhece bem. Somos amigos e conversamos quase todos os dias", declarou o atleta.

Rapidamente, Scott foi convidado para disputar a Liga de Verão pelo Houston Rockets, e o bom desempenho no torneio rendeu um contrato por três temporadas com a franquia. "Fiquei muito feliz e já estou aqui treinando. É um time novo e todo mundo vai precisar aprender a jogar um com o outro para cumprir o que o técnico pedir", disse.

Nos Rockets, o jovem terá a companhia do também armador Jeremy Lin, de família taiwanesa e um dos destaques da última temporada pelo New York Knicks, o time preferido do filho de brasileiros em sua infância. Assim como Scott, o descendente de asiáticos também não entrou na NBA através do draft e disputou a Liga de Verão.

"Eu vi que ele é gente boa e acho que poderemos ser amigos", disse o jovem, que fala com desenvoltura sobre próprio estilo. "Eu gosto de comandar o time, de fazer o time jogar encontrando sempre o companheiro em melhores condições de arremessar", explicou Scott, admirador de John Starks e Allan Houston.

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