O corpo da adolescente Amanda Linhares, de 17 anos, que teria sido baleada na cabeça pelo delegado Geraldo Toledo, deixou no início da tarde desta terça-feira (4) o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, rumo a cidade de Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas. O velório será na capela do Cemitério Nossa Senhora da Conceição ainda hoje, onde a estrutura já está montada. O horário do enterro ainda não foi divulgado.
Amanda morreu na noite dessa segunda-feira (3) após ficar 51 dias internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A jovem que namorava o delegado estava no leito 22 da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A causa de sua morte foi uma parada cardiorrespiratória. Testemunhas contaram que a mãe, Rubiane Linhares Santos, de 32, após receber a notícia de sua morte, teria tentado pular na frente de um ônibus. O motorista conseguiu frear a tempo.
Abalados, familiares e amigos foram até o HPS ainda na noite dessa segunda-feira. A delegada Águeda Bueno, da Corregedoria da Polícia Civil, responsável pelo caso, esteve no pronto-socorro e afirmou que o caso está sendo investigado que só se pronunciará após o fim do inquérito.
Entenda o caso
Geraldo Toledo é suspeito de ter atirado contra a cabeça da namorada, de 17 anos, no dia 14 de abril, em Ouro Preto, na região Central do Estado. O casal estaria discutindo dentro do carro do delegado momentos antes do crime.
Na data do crime, o delegado afirmou que ela teria atirado contra a própria cabeça. No entanto, o exame residuográfico sobre a suposta tentativa de suicídio da adolescente deu negativo. Diante do resultado, o delegado passou a ser o principal suspeito de ter atirando contra a namorada.
Segundo a Polícia Civil, esta não é a primeira vez que o delegado teria agredido a jovem. Conforme a assessoria de comunicação da corporação, em março deste ano, Geraldo Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem.
Já em 2011, Geraldo de Toledo foi detido em São Joaquim de Bicas, também na região Central de Minas. Ele é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil por receptação de veículos roubados e formação de quadrilha, mas responde em liberdade. O policial foi casado com a a promotora de Justiça Mônica Toledo.
Atualizada às 11h22.