Riqueza maior do Atlético, massa alvinegra é o jogador número 12

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia (*)
24/03/2013 às 00:00.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:12
 (Carlos Roberto/Hoje em Dia)

(Carlos Roberto/Hoje em Dia)

Os títulos, os craques, os ídolos, a Cidade do Galo, a Sede de Lourdes são patrimônios que orgulham o Atlético. Mas nada é maior na cabeça do atleticano do que a "entidade" chamada torcida. Para o alvinegro, as glórias podem estar escassas, os troféus serem passado, mas o amor pelo time supera qualquer coisa. E conquista os três pontos.

A Massa, como é conhecida, tem até uma camisa imortalizada. A 12, por ser mais um jogador em campo, é dedicada à ela e só dela. E sem preconceitos. De famosos a desconhecidos, todos têm seu espaço na arquibancada e carregam a paixão em preto e branco no coração.

União e amor pelo clube

A torcida atleticana é conhecida pelo seu amor ao clube, mas parece que o Galo também rende frutos ao coração dos alvinegros. Os atleticanos Jefferson Ferreira Baptista, de 26 anos e sua noiva, Nayane Antônia da Silva Ferreira, de 19, se casaram, na véspera do jogo entre Cruzeiro e Atlético, dia 2 de fevereiro, que reinaugurou o Mineirão neste ano. O book da união matrimonial foi realizado no Gigante da Pampulha, no dia do confronto.

Mas o início desta paixão foi em 2006 quando os dois enfrentaram uma longa fila em busca do ingresso da última partida do Atlético na série B do Brasileiro. Naquele dia, uma forte chuva caiu e pegou de surpresa os torcedores que aguardavam na rua.

“Cheguei na fila no estádio Independência as 8h do dia anterior para conseguir o ingresso. Enquanto estava lá começou a cair um pé d’água, mas apareceu um anjo para me ajudar, uma atleticana fanática que me cedeu um espaço debaixo de seu guarda-chuva. Nunca imaginaria que ali iria encontrar o grande amor da minha vida! Dali em diante foram vários jogos do Galo juntos”, conta Jefferson.

Companheiros inseparáveis de arquibancada, Jefferson e Nayane perderam a conta de quantos jogos torceram pelo Galo nestes seis anos de relacionamento. Marcam lugares em todos os jogos “em casa” e até mesmo viajam para acompanhar o time. Ainda assim, quando perguntados, elegem o último jogo do Atlético na Série B, em 2006, como o inesquecível. Afinal, além de comemorarem o retorno do Galo à série A, foi o momento em que se encontraram.

A história de Jefferson e Nayane não é única. O amor pelo atleticano une casais pelo Brasil afora.

(*) Colaborou Emile Patrício

Bar em preto e branco

Jogar fora de casa, geralmente, significa um tormento para os torcedores. Ver o time em um estádio distante e sem poder ir ao campo torcer e vibrar pode ser um incômodo. Mas para os atleticanos é mais um momento de se reunir e apoiar a equipe, mesmo que seja assistindo ao jogo pela televisão.

No Bar do Salomão, na rua do Ouro, no Serra, em dia de jogos alvinegros é capaz de reunir até cerca de 500 torcedores para vibrar pelo seu clube. Vidrados na frente da televisão e com uma atmosfera de coleguismo, como se todos ali fossem amigos, os alvinegros comemoram cada jogada, cantam músicas e se empolgam como se estivessem em uma arquibancada de um estádio.

Famoso amor

Entre os milhões de apaixonados pelo Galo, existem os torcedores ilustres. Aqueles artistas de variados campos que sempre encontram um espaço para poder divulgar a sua paixão alvinegra. Na música - da mais pesada até o axé -, nas artes cênicas e na televisão, os atleticanos têm vez e não deixam nunca de lembrar em quais cores bate o seu coração.

Entre inúmeros ilustres representantes, um dos mais fanáticos é o baixista Paulo Xisto, da banda Sepultura. Presente algumas vezes nas partidas do Galo, quando a agenda permite, Xisto é também conhecido por divulgar o nome do Alvinegro entre outros artistas da música pesada. Para se ter uma ideia onde chega essa influência, o guitarrista Phil Campbell, do Motorhead, subiu ao palco do Rock in Rio em 2011 com uma camisa do Atlético, presente do membro do Sepultura.

Outro que não esconde o fanatismo pelo Galo é o jornalista Chico Pinheiro, apresentador da Rede Globo. Sempre que pode, o alvinegro foge do Rio de Janeiro e vem para Belo Horizonte acompanhar os confrontos do clube do coração. Aliado a ele, o ator Daniel Oliveira também segue o mesmo exemplo. E já foi visto no Independência ao lado dos filhos, já os ensinando a torcer pelo clube.

Entre as mulheres famosas, o amor pelo Galo também está presente. As belas Daniela Cicarelli, apresentadora, a atriz Priscila Fantin e ex-Miss Brasil Natália Guimarães compartilham a paixão pelo Alvinegro.

Na política, o Atlético pode se orgulhar de estar bem representado. A presidente Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, são torcedores do clube mineiro. 

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