Chuva encarece hortifrúti em até 144% na 1ª quinzena de janeiro

Janaína Oliveira - Do Hoje em Dia
23/01/2013 às 06:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:55
Países de baixo rendimento são proporcionalmente os mais atingidos pelos custos ocultos (Ricardo Bastos)

Países de baixo rendimento são proporcionalmente os mais atingidos pelos custos ocultos (Ricardo Bastos)

Está chovendo mais na horta do produtor neste janeiro, fato que tem provocado uma escalada nos preços dos hortifrútis. Com o excesso de água, legumes e verduras estão até 144% mais caros, embora tenham perdido qualidade. Obrigados a pagar mais para abastecer as bancas, varejistas já repassaram os custos mais altos. Aos consumidores, resta a conta mais salgada. A saída é pesquisar ou substituir um produto por outro nas refeições.

Segundo o coordenador de Informações de Mercado da Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa-Minas), Ricardo Fernandes Martins, o chuchu registrou a maior alta: 144% de aumento, na comparação da média apurada entre 1º e 17 de janeiro com a do mesmo período de dezembro de 2012. O quilo do produto, que custava R$ 0,57, saltou para R$ 1,39.

Elevação semelhante teve o tomate. Vendido a R$ 0,95 o quilo, na primeira quinzena de dezembro, o legume passou a custar R$ 2,22, no início de 2013, uma aceleração de 134%. Em terceiro no ranking aparece a abobrinha, cujo preço subiu de R$ 0,55 para R$ 1,06.

A explicação para as altas vem de cima. De acordo com Martins, a escalada nos preços é uma consequência do aumento de perdas na produção, ocasionado pelo grande volume de chuvas registrado neste mês, em várias regiões de Minas, inclusive na Grande BH. “Tem chovido muito, com direito a pancadas. Isso destrói as folhas e impede que algumas verduras cresçam como o esperado. Consequentemente, aumenta a perda da produção”, explica.

A quebra na colheita, segundo ele, atingiu também a alface, muito sensível aos efeitos da chuva. A hortaliça já está 8% mais cara. “Os produtos têm que ser colhidos, às vezes, sem tanta qualidade, porque se forem deixados no pé vão estragar. A quantidade colhida diminui e isso pode jogar o preço para o alto”, detalha o coordenador de informações da Ceasa.
 

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