Companhia de Viçosa faz da dança a sua arma de guerra em ‘Três Gritos’

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/06/2016 às 18:24.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:42
 (Núcleo de Arte e Dança / Divulgação)

(Núcleo de Arte e Dança / Divulgação)

Após passar por cidades dada região Metropolitana de Belo Horizonte, o grupo Impacto de Dança – com sede em Viçosa – desembarca na capital com o espetáculo “Três Gritos”, dirigida por Lidiane Jacinto, para duas apresentações.

Esta é a sexta montagem da companhia fundada há 20 anos. Numa mistura de danças urbana e contemporânea, o espetáculo traz ao centro da cena o grito dos excluídos e a luta pela liberdade e pelo tratamento igualitário entre as pessoas. 

“A montagem fala das minorias. O nome se refere aos gritos do antes, durante e depois (futuro) na luta por igualdade”, elucida Lidiane, que contou com a parceria do coreógrafo Mário Nascimento.

A temática vai de encontro à origem do grupo Impacto, formado por dançarinos nascidos em áreas de situação de risco e, por meio de projetos sociais, desenvolveram seus estudos na área artística. “Apostamos na arte como instrumento de transformação. E tivemos grandes conquistas. A persistência é nosso grito e a dança é nossa arma de guerra”, pontua. 
 

Difusão

O grupo é o principal responsável pela difusão e profissionalização da dança de rua em Viçosa, na Zona da Mata, por atuar em projetos que permitem o acesso à dança através da monitoria e aulas ministradas pelos seus integrantes, com o apoio do Núcleo de Arte e Dança. “A dança hoje é o meu estilo de vida. A forma como me relaciono com o mundo”, afirma o bailarino Rafael Tiko, que teve contato com a dança aos oito anos. 

Ele e os dez parceiros de companhia se profissionalizaram por meio de ações do Núcleo. “Meus dois irmãos também vieram para o grupo. Aprendemos muito, e isso reflete na forma que conviemos em sociedade”, registra Rafael.

“Três Gritos”. Embaixo do Viaduto Santa Tereza (av. Assis Chateaubriand, 619). Amanhã, às 21h. Parque Municipal (av. Afonso Pena, Centro). Domingo, às 12h. Gratuito.

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