As fortes chuvas que castigaram Teófilo Otoni na semana passada e afetaram cerca de 10 mil pessoas não deixaram apenas rastros de destruição e medo. Ações de enfrentamento à dengue, que estavam programadas para acontecer nos bairros da parte baixa da cidade, foram adiadas depois que os rios Santo Antônio e Todos os Santos transbordaram e inundaram ruas e casas.

Com isso, as autoridades de saúde estão em alerta máximo para o risco de surto da doença, já que a combinação de calor e chuva, característica dessa época do ano, propicia a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“A situação preocupa”, admitiu na última quarta-feira (5) a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Grazielly Gusmão. Esse ano, 267 casos da doença foram confirmados, contra 94 de todo o ano passado.

O último resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LirAa) divulgado pelo município apontou 1,8% de infestação nos imóveis, o que representa quase que o dobro do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de até 1%.

Diagnóstico

O diagnóstico das áreas com maiores índices de infestação incluiu 15 bairros, entre eles o Centro e a região da rodoviária. Em março, levantamento dos agentes da Secretaria Municipal de Saúde apontou que o índice era de 1,7%, número também considerado alto.

Em uma lista divulgada na semana passada pelo Ministério da Saúde, Teófilo Otoni figura entre os 77 municípios brasileiros que correm surto da doença.

Com equipe da prefeitura retirando a lama que se acumulou nas ruas de 35 bairros inundados durante temporal da semana passada, mutirões de limpeza foram adiados, como o do bairro Turma 37, onde o índice de infestação chega a 3,6%.
 

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