Nesta terça-feira (24) a greve dos bancários em BH conseguiu novas adesões. De acordo com o Sindicatos dos Bancários de BH e Região, a paralisação atingiu 49% das agências, departamentos e centros administrativos de bancos privados, da Caixa e do Banco do Brasil.
Os trabalhadores realizaram uma assembleia às 13 horas e decidiram manter a greve. Segundo o presidente do Sindicato, Clotário Cardoso, não existe previsão para o final da paralisação e os bancos ainda não teriam feito uma nova proposta. Na quarta-feira (25), às 13 horas, os grevistas voltam a se reunir.
Durante a assembleia desta terça-feira, foram aprovadas pelos trabalhadores duas moções de repúdio. De acordo com o sindicato, o primeiro caso teria ocorrido com o gerente geral da agência Horto Florestal da Caixa, Terjes Daniel. Ele foi denunciado por assédio moral contra os empregados, ameaçando de tirar a função daqueles que aderissem à greve. No segundo caso, o gerente do Bradesco da agência da rua Curitiba, Antônio Jairo Freitas, estaria forçando os bancários a chegarem na agência às 5 horas da manhã para não aderirem à greve.
Após a assembleia, os bancários saíram em passeata pelas principais ruas do centro de Belo Horizonte para mostrar à população as reivindicações da categoria. Eles pedem reajuste salarial de 11,93%, participação nos lucros e resultados (PLR) de 3 salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso de acordo com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio creche/babá de R$ 678 (salário mínimo nacional) cada um.
Outras reivindicações da categoria é o fim das metas abusivas e do assédio moral, mais contratações e fim das demissões, maior segurança, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação e igualdade de oportunidades, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
A greve por tempo indeterminado foi deflagrada em assembleia realizada no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram uma proposta, no dia 5 de setembro, de 6,1% de reajuste sobre todas as verbas salariais. A oferta foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa de negociação.