Promessas de Dilma Rousseff a Minas Gerais nesta sexta

Hoje em Dia
17/01/2014 às 06:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:24

Vinte dias após pisar em território mineiro pela última vez, a presidente da República é esperada nesta sexta-feira (17) em Belo Horizonte para anunciar, segundo o presidente do PT mineiro, deputado federal Odair Cunha, o PAC da Mobilidade. Ele espera que neste ano Dilma Rousseff, candidata à reeleição, “esteja todo mês no Estado”.

Nascida em Belo Horizonte em 1947, Dilma mudou-se para Porto Alegre em 1972, após ser presa por sua militância política e casar-se com um gaúcho. Formou-se em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1977 e fez carreira naquele Estado até ser convidada pelo presidente Lula, em 2003, para ser ministra das Minas e Energia. Neste ano eleitoral, precisa convencer os mineiros de que nunca se esqueceu de sua terra natal.

A última vez que ela esteve em Belo Horizonte foi no dia 23 de outubro, para inaugurar uma escola infantil e assistir à formatura de 2 mil estudantes do Pronatec. Não se encontrou com o governador Antonio Anastasia, que estava em São Paulo para uma entrevista a um jornal paulista. Mas os dois se reuniram em Governador Valadares, no dia 27 de dezembro, para articular ações de apoio às populações mineiras atingidas pelas enchentes. O pré-candidato petista ao governo de Minas, ministro Fernando Pimentel, fez parte da comitiva.

Nas duas vezes, o presidente nacional do PSDB e pré-candidato do partido às eleições de 2014, senador Aécio Neves, criticou o fato de que promessas feitas por Dilma para Minas não foram realizadas pelo seu governo no prazo prometido. Algumas delas devem ser renovadas hoje, como a liberação de verbas para a ampliação do metrô de Belo Horizonte.

Só para lembrar, no dia 9 de agosto passado, quando a presidente visitou Varginha para inaugurar o campus avançado da Universidade Federal de Alfenas, no Sul de Minas, ela deu a entender que já havia sido repassado a Minas um total de R$ 1,75 bilhão para o metrô, dos quais R$ 1 bilhão de recursos do Orçamento da União e o restante, de financiamentos. E que o governo estadual deveria terminar o projeto do metrô de Belo Horizonte daí a dois meses, em outubro.

É difícil distinguir, nas palavras da presidente, o que ultrapassa o seu desejo de realizar obras que realmente interessam aos mineiros, concretizando-as, e o que se limita àquilo que os ingleses chamam de “wishful thinking” e que pode ser traduzido como “otimismo exagerado”.

Grande parte desse hiato entre desejo e realidade se deve à ineficiência de órgãos do governo, não propriamente à presidente. Um exemplo é a dificuldade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para concluir as licitações das obras de duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares – uma das promessas ainda não cumpridas de Dilma Rousseff para os mineiros.
 

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