A biblioteca babélica de Thaïs Helt em forma de exposição

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
17/06/2016 às 17:58.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:56
 (Vicente de Mello/Divulgação)

(Vicente de Mello/Divulgação)

Livros-escultura, recortes, livros espaciais com espelho e zíper, desenhos, tecidos. A lista continua e parece infinita. Uma porção de objetos integra “Quase um museu de objetos esquecidos – Não precisa me explicar. É por isso que vim até aqui”, exposição da artista plástica Thaïs Helt, em cartaz a partir de hoje, na AM Galeria de Arte.

Mineira de Juiz de Fora, Thaïs explica que a mostra é resultado de um hábito antigo: o de juntar coisas. “Fui juntando e a coleção foi tomando uma dimensão tão grande que virou essa confusão”, resume. A “confusão”, interpretou o irmão de Thaïs, George Helt, é como se fosse uma “biblioteca babélica” ou algo como a intensa “jornada de autoconhecimento” de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. 

“É como se fosse um mergulho na vivência, nas novas experiências e nas novas experimentações”, esclarece Thaïs. “No fazer, aconteceu muito isso, pois ia mergulhando naquelas coisas, nos escritos. Eu e meu assistente falávamos: ‘vamos colocar uma mão de borracha ali’. E, de repente, aquilo já não era mais uma mão de borracha; era uma coisa nova”, destaca.

Cerca de 100 caixas compõem a mostra. Dentro delas, tem o que Thaïs definiu como “livro-objeto”, que são trabalhos tridimensionais em sua maioria. “A minha gravura foi saindo do papel. Comecei a pensar em livros recortados, a usar tecidos”, diz. 

Experiência única
Outro aspecto presente é a questão da memória. Além daqueles que foi acumulando ao longo da vida, vários itens da coleção de Thaïs vêm da família de Nova Lima. 

Entretanto, o que ela espera mesmo é que as pessoas consigam ter uma experiência única durante a exposição. “Talvez, há quem faça uma ligação às reminiscências da infância. Mas a ideia é que cada um mergulhe (nas obras) de um jeito”, finaliza.

Serviço:
Exposição “Quase um museu de objetos esquecidos...”, de Thaïs Helt. Visitas gratuitas de segunda a sexta, das 10 às 19h; e aos sábados, das 10 às 13h30, na AM Galeria de Arte (rua do Ouro, 136, Serra). Até 16/7.

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