Ministro do Trabalho e Emprego irrita as centrais sindicais

Amaury Ribeiro Jr. e Rodrigo Lopes - Hoje em Dia
30/04/2013 às 06:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:16

Há menos de 60 dias à frente do Ministério do Trabalho e Emprego, o pedetista Manoel Dias já conseguiu desagradar aos dirigentes das cinco principais centrais sindicais do país. Recém-empossado no cargo, Manoel Dias deixou o cofre dessas entidades de representação à míngua.

Motivo

A aferição do número de sindicatos e filiados às centrais foi concluída no dia 25 de março, mas Dias ainda não mandou publicar no Diário Oficial da União (DOU) o resultado, que indica quais as entidades sindicais que atingiram o percentual de 7% de representatividade nacional e que poderão receber o dinheiro da contribuição sindical correspondente ao mês de abril.

Parado

Sem a publicação no Diário Oficial, o dinheiro do trabalhador, que entra todos os anos nas contas bancárias das centrais, não poderá ser retirado.

Índices

As entidades que recebem contribuição sindical (cerca de R$ 156 milhões ao ano) em percentual de trabalhadores filiados são Central Única dos Trabalhadores (CUT), com 35,60%; Força Sindical, 13,82%; União Geral dos Trabalhadores (UGT), 11,21%; Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), 9,20%; e Nova Central, 8,08%.

Mudança

Com o bolso vazio, agora, a pelegada promete infernizar a vida do ministro Manoel Dias. Entre as medidas, as centrais prometem realizar um protesto em frente ao prédio do ministério.

Meia-entrada

Idosos de todo o país já iniciaram uma mobilização para coletar assinaturas contra o projeto de lei que regulamenta a meia-entrada para estudantes e jovens de baixa renda e idosos, em cinemas, teatros e eventos esportivos. Já foram coletadas quase 200 mil assinaturas contra a inclusão da terceira idade na lei da meia-entrada.

Insatisfação

Entre outros pontos polêmicos, a proposta determina que a meia-entrada fique limitada a 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento, direito esse que já é assegurado à terceira idade pelo Estatuto do Idoso.

Alegação

Para os idosos, a aprovação da meia-entrada diminuiria um benefício amplo, reduzindo em 60% a possibilidade de o idoso exercer um direito que ele já tem.

Mais problemas

No projeto, os parlamentares também querem assegurar o privilégio do monopólio a entidades ligadas aos partidos de esquerda na emissão de carteira de estudante.

Quem são

O relatório do deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) estabelece que essa atribuição é da União Nacional de Estudantes (UNE), da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Padrão

As carteiras que garantem meia-entrada serão padronizadas e os documentos só poderão ser emitidos por entidades filiadas a essas organizações.  

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