"Salvação" do trânsito no Centro de BH exige R$ 100 milhões

Danilo Emerich - Hoje em Dia
24/01/2014 às 07:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:33
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

A BHTrans busca R$ 100 milhões em recursos para colocar em prática 60 alterações viárias no Centro de Belo Horizonte até o fim de 2015. O conjunto de intervenções é chamado de MobiCentro, segundo o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar. A mudança na avenida Carandaí, que confundiu na última quinta-feira (23) motoristas e pedestres, faz parte do projeto.

Apesar do alto valor, o investimento não foi detalhado. Também não foi esclarecido o montante gasto até agora com sete alterações já implementadas no trânsito, desde outubro de 2013.

O objetivo é reduzir a espera nos sinais de trânsito, diminuir congestionamentos, aumentar a velocidade de tráfego dos veículos e melhorar a circulação de pedestres.

A verba será aplicada na elaboração de projetos, instalação de sinalização horizontal e vertical e em sinais de trânsito, obras de infraestrutura viária e publicidade. O MobiCentro será implementado em três etapas, a primeira com 33 alterações. Estão previstas 12 na segunda fase e 15 na terceira.

CONFUSÃO

A alteração do trânsito entre a esquina das avenidas Afonso Pena e Carandaí e o cruzamento com a avenida Alfredo Balena e a rua Pernambuco, no Centro, testa a paciência de motoristas da capital.

Desde na última quinta-feira (23), o trecho funciona com mão invertida. No primeiro dia, houve confusão e congestionamento.

Mesmo com agentes da BHTrans e faixas informando os novos sentidos de direção, muitos motoristas e pedestres ficaram confusos. A todo momento, veículos paravam para que os condutores pedissem informações.

Na opinião da taxista Renata Alves, de 35 anos, faltou organização. Já a professora Heloísa Vaz, de 54, defende sinalização reforçada para mostrar ao condutor qual faixa pegar na avenida Carandaí. “Vai demorar para as pessoas se acostumarem”.

A lentidão devido à “novidade” repercutiu principalmente nas avenidas Afonso Pena e Alfredo Balena, além da rua Timbiras. Mas atingiu também vias de outros bairros, como o trecho que vai da rua Marechal Deodoro, no Floresta, à avenida Brasil, no Santa Efigênia. O percurso de 1,4 quilômetro, vencido normalmente em menos de cinco minutos de carro, chegou a ser percorrido na última quinta-feira (23) em até 25 minutos.

Segundo o diretor de Ação Regional e Operação da BHTrans, Edson Amorim, os benefícios da mudança serão percebidos em 15 dias, tempo para as pessoas se habituarem à nova realidade. “A sinalização, que agora é provisória, será finalizada até domingo. A fluidez de veículos irá melhorar 40%”, afirma.

Rotas mudam nas avenidas Francisco Sales e Brasil

A próxima grande alteração no trânsito de Belo Horizonte deverá ser na Praça Lucas Machado, no cruzamento das avenidas Francisco Sales e Brasil, no bairro Santa Efigênia, na região Leste. A mudança, segundo a BHTrans, está prevista para o fim de fevereiro.

As alterações no local não foram adiantadas, mas um vídeo no YouTube sobre o MobiCentro detalha como será a intervenção. 

A preparação começou nesta semana, com a instalação de um sinal de trânsito na rua Padre Rolim e o corte de árvores nas avenidas Brasil e Francisco Sales.

Para quem segue a Francisco Sales, nos dois sentidos, não será mais permitido convergir à esquerda na Brasil. 

Quem trafega sentido bairro São Lucas/ Santa Casa e quiser acessar a avenida Brasil em direção à Afonso Pena terá que entrar antes na rua Padre Rolim, que passará a ser mão única nessa direção.

TRAVESSIA LIVRE

O canteiro central na esquina da Brasil com rua Padre Rolim será aberto para permitir a circulação dos veículos. Ontem, árvores foram cortadas no local para permitir a intervenção. Além disso, um novo sinal de trânsito foi instalado.

Já quem vem da Praça Hugo Werneck, pela avenida Francisco Sales, e quer pegar a avenida Brasil em direção à Praça Floriano Peixoto deverá seguir reto pela primeira via e fazer um retorno 300 metros adiante, para só então virar na Brasil à direita.

 

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