Médicos reduzem auxílio respiratório a Lais, mas ainda há risco de morte

Folhapress
06/02/2014 às 17:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:51
 (Arquivo Pessoal/Divulgação)

(Arquivo Pessoal/Divulgação)

SÃO PAULO - O médico brasileiro Antonio Marttos Junior, que acompanha a recuperação da ex-ginasta Lais Souza, afirmou em entrevista concedida nesta quinta-feira (6) que ela ainda corre risco de morte.

Lais, que sofreu acidente enquanto andava de esqui em Salt Lake City em 27 de janeiro, foi transferida para o Hospital da Universidade de Miami na quarta-feira (5). Ainda não há qualquer previsão de alta. "O fator mais importante agora é a ajuda mecânica respiratória para a Lais. O risco existe, sim, mas por estar em uma terapia intensiva temos condições de controlar e minimizar esse risco. É importante destacar que o quadro dela tem se mantido estável e ajustes têm sido feitos diariamente", afirmou Marttos Junior.

O médico ressaltou que ainda não é possível fazer prognóstico sobre o futuro da atleta, que estava treinando nos EUA para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi. "Ela está sendo tratada em um dos centros mais avançados do mundo nesse tipo de lesão, o Miami Project to Cure Paralysis. O ponto mais positivo nessa primeira semana foi em relação à parte respiratória. Decidimos pela não implantação do marcapasso no diafragma inicialmente".

A equipe médica que assiste a brasileira tem diminuído o suporte de ventilação mecânica aos poucos. E, segundo Marttos Junior, ela tem reagido bem. "Estamos otimistas de que ela sairá do ventilador mecânico. Quanto à parte de movimentação ainda é muito cedo para dar qualquer prognóstico, mas temos alguns sinais de que a lesão é grave mas não completa. Reitero que é impossível nesse momento saber como irá evoluir a parte motora", completou.

Lais tem companhia da mãe, Odete Vieira, e se vira como pode para ocupar o tempo enquanto se recupera. De acordo com o médico, ela tem pedido para assistir a filmes e escutar músicas no quarto. Também ficou emocionada ao ver uma foto em que a equipe brasileira em Sochi a homenageou.

A ex-ginasta, que compete no esqui aéreo em competições de neve, está instalada em uma cama especial, adaptada para movimentá-la a fim de evitar problemas como pneumonia, infecções, escaras e coágulos.

Marttos afirmou que a meta de todos, no momento, é "reintegrar Lais à sociedade, da melhor maneira possível". "Como atleta, Lais está acostumada a se superar, ter paciência e a vencer etapas. O fato de ela ser jovem e atleta tem ajudado nesse momento, principalmente a resistir nessa fase aguda", disse.
   

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