A flora de Belo Horizonte é maior e mais diversificada do que se esperava. Foram catalogadas, durante o inventário realizado na cidade, pelo menos 50 mil árvores e 50 espécies a mais do que era estimado. Até então, a previsão era de 200 tipos diferentes de plantas, totalizando 300 mil unidades. A nova previsão foi formatada durante a segunda etapa do Sistema de Inventário de Árvores de Belo Horizonte. O levantamento da região Noroeste será concluído até o fim da próxima semana.   Segundo o gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Júlio de Marco, foram encontradas mais árvores do que o previsto nas duas regiões analisadas, sendo 30.739 na Leste e 55.411 na Noroeste.   Espécies exóticas   Ao contrário da zona Leste (primeira a ser estudada), a Noroeste não tem espécies exóticas ou dificilmente encontradas em logradouros públicos.   Outra diferença entre as duas regiões é a quantidade de plantas dentro dos lotes particulares. Na Noroeste, quase 30% delas estão nos terrenos, contra 40% na Leste.    As espécies mais comuns continuam sendo sibipirunas, ipês, fícus, bauhínias, quaresmeiras e murtas. Após a conclusão do levantamento na Noroeste, cujo bairro mais arborizado é o Padre Eustáquio, a próxima área a ser catalogada é a Oeste.   A previsão é a de que o levantamento seja concluído até o fim de 2013.   Banco de dados   A coleta de informações, no entanto, será interrompida durante as chuvas. O estudo alimentará um banco de dados, com 57 informações sobre cada árvore. “Com ele, será possível planejar manejos, podas, controle de pragas e prever quedas de árvores”, diz Júlio de Marco. Ainda não foi analisada a quantidade de plantas doentes ou condenadas. Essa informação será estudada só ao final do inventário.   O levantamento é feito visualmente por 15 técnicos da Universidade Federal de Lavras (Ufla), divididos em cinco equipes. O registro é feito em tablets.

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