(Bruno Cantini)
Na última sexta-feira, após o treino, o goleiro Victor e o atacante Lucas Pratto protagonizaram uma cena simbólica. Como se estivesse passando a responsabilidade para o argentino, o camisa 1 ofereceu a chave do Jeep Renegade na saída para o hotel da Cidade do Galo, momentos antes do embarque para Santa Catarina. Mas o centroavante prontamente recusou.
Neste domingo (27), diante do Joinville, às 16h, o goleiro espera que o centroavante lhe permita um pouco mais de tranquilidade, já que precisou salvar o Galo com importantes defesas de pênaltis contra Cruzeiro e Flamengo. O Urso, porém, amarga o maior jejum de gols desde que chegou ao clube mineiro, em janeiro.
Contra o time carioca, o argentino completou quatro jogos sem balançar a rede, marca negativa nunca antes alcançada. Com 44 exibições pelo Galo, o argentino já havia passado três partidas em branco em seis oportunidades.
O camisa 9 goza de grande prestígio com a torcida alvinegra. Entretanto, possui uma autocrítica elevada. Contra o Flamengo, a incapacidade criar oportunidades deixou o Urso visivelmente irritado.
Artilharia
O último gol de Pratto foi na vitória contra o Vasco, há mais de 20 dias. Neste período, o santista Ricardo Oliveira disparou na artilharia do Brasileirão, abrindo sete gols de vantagem na disputa contra o argentino, que soma 10 tentos.
Para o técnico Levir Culpi, não importa se o atacante teve apresentações discretas. O que vale mesmo é pensar que surgirão novas chances no compromisso seguinte. “Todos nós vivemos de resultados. O atacante sempre quer finalizar, fazer gols. Mas ele precisa estar sempre concentrado na próxima oportunidade. Não adianta lamentar os gols que ele não fez, porque contra o Joinville ele terá outras oportunidades”, avaliou o treinador. Desta vez, o Urso tem a seu favor o maior período de descanso, já que o Galo não jogou durante a semana.
Dívida
Lucas Pratto virou assunto na Fifa. Mas não pelo sucesso entre os atleticanos. A entidade condenou o Genoa-ITA a pagar R$ 138 mil ao Defensor de Cambaceres-ARG. A dívida se refere à negociação do atacante, ainda em 2011, quando deixou o Boca Juniors para jogar no futebol italiano. Pela lei, o clube formador teria direito a receber 5% do montante total pago na transferência do jogador.
O Cambaceres tentou um acordo amigável com os italianos, estipulando uma data limite de pagamento para 21 de agosto. Mas receberá o dinheiro somente um mês depois.