São Paulo tem a pior semana epidemiológica desde início da pandemia

Agência Brasil
21/03/2021 às 18:46.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:28
 (Fernando Zhiminaicela/Pixabay/Divulgação)

(Fernando Zhiminaicela/Pixabay/Divulgação)

Apesar de estar em uma fase mais restritiva, com toque de recolher e fechamento de comércio não essencial, São Paulo enfrentou a sua pior semana da pandemia do novo coronavírus. Na 11ª Semana Epidemiológica, entre 14 e 20 de março, o Estado bateu recorde na média móvel de mortes e de novos casos. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde. No período, foram registradas 3.449 novas mortes, uma média móvel de 493 por dia, superando a média da semana anterior (de 7 a 13 de março) de 364 óbitos a cada 24 horas.

Nesta semana, o território bateu o recorde de vidas perdidas contabilizadas em um dia: na terça-feira (16), 679. Nos últimos cinco dias, o Estado vem registrando um número de mortes diárias superior a 600.

São Paulo teve também a sua pior semana em número de novos casos. Só nesta última semana, registrou 102.931, uma média móvel diária de 14.704 notificações a cada dia, batendo a média da semana anterior, de 12.492 a cada dia.

Até este sábado (20), eram 28.292 pessoas internadas com Covid-19, sendo 11.976 com quadro de saúde muito grave, ocupando leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Esse número é 110% maior que o que havia sido registrado quatro semanas atrás, em 20 de fevereiro, quando eram 13.491 pacientes hospitalizados. A taxa de ocupação de leitos estava em 91,5% neste sábado.

Fase emergencial

Com o crescimento exponencial do número de mortes, novos casos e de pessoas internadas, o governo de São Paulo decidiu decretar uma fase emergencial, que teve início na segunda-feira (15). Cultos e cerimônias religiosas coletivas foram proibidos, jogos de futebol paralisados e as aulas da rede pública suspensas.

Também foi estabelecido um toque de recolher das 20h às 5h. Além disso, desde 6 de março o Estado mantém sua classificação na Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde somente atividades essenciais podem funcionar. Essas medidas devem durar até o fim deste mês.

Com isso, São Paulo busca aumentar a taxa de isolamento. Nessa última semana, com a fase emergencial, ela cresceu, mas não chegou no índice esperado pelo governo, de 55%.

Neste sábado, chegou a 47%. Aos finais de semana, a taxa de isolamento costuma ser maior.

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