Elevadores dos prédios Minas e Gerais continuam desativados (Marco Evangelista / Imprensa MG)
Servidores estaduais terão que assinar um ‘termo de responsabilidade’ para entrar nos prédios Minas e Gerais da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas. O acesso é feito exclusivamente por escadas após a interdição de 54 elevadores que poderiam oferecer risco às pessoas. Os funcionários estão em home office desde a última sexta-feira (10).
A obrigatoriedade do ‘termo de responsabilidade’ vale para os servidores que queiram cumprir a jornada em formato presencial ou apenas retirar objetos ou documentos dos locais de trabalho, conforme informou o Estado nesta terça-feira (14). Sobre a determinação, o governo disse apenas que a medida visa a “garantir a segurança dos servidores e zelar pelas distintas condições de saúde dos funcionários e dos cidadãos”.
Em novembro do ano passado, quando os elevadores do prédio Minas já estavam desligados, um servidor da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), de 66 anos, passou mal e morreu após subir escadas. O homem estava no 13º andar quando ficou sem ar e inconsciente. Ele chegou a ser atendido por médicos no local, mas não resistiu. Na época foi informado que ele teve um mal súbito.
O teletrabalho foi autorizado pelo Estado após a conclusão de laudo que identificou falhas na estrutura de 54 elevadores dos edifícios da Cidade Administrativa. Os órgãos sediados nos prédios foram convocados a responder um questionário, que deve ser encaminhado no menor prazo possível, informando sobre as logísticas e rotinas dos serviços prestados pelos servidores, incluindo a necessidade ou não do trabalho presencial, a partir de fatores diversos, como o atendimento presencial ao público.
Por meio de nota, o Governo de Minas informou que “nas próximas semanas será assinado contrato para reparo dos danos estruturais de elevadores da Cidade Administrativa”. A expectativa é que os trabalhos durem até o fim do segundo semestre, a depender da logística de execução do contrato, bem como da identificação das reais necessidades de intervenções.
O Executivo afirma ainda que a paralisação no serviço é decorrente de vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores e de uma série de desvios do projeto original, cometidos durante a construção da Cidade Administrativa, inaugurada em 2010.
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