O retorno de Paul McCartney ao Brasil, após um hiato de 17 anos, aconteceu em grande estilo. Com um show em Porto Alegre e outros dois em São Paulo, em novembro de 2010, o eterno beatle, que sábado (4) estreia turnê mundial no Mineirão, finalmente reatou sua relação de amor com um país que ainda respira a Beatlemania.
Mas, passada a euforia do reencontro, a grande pergunta que ficou na mente de todos os fãs era: seria preciso esperar mais 15 anos para rever um show do Sir McCartney no país? A resposta foi dada em pouco tempo, e o beatle provou que o namoro tinha sido reatado e estava em seus melhores dias.
Apenas seis meses depois de emocionar milhares de pessoas nas capitais paulista e gaúcha, Paul McCartney desembarcaria outra vez no Brasil, agora para retornar ao local onde aconteceu o primeiro encontro: o Rio de Janeiro.
Com o Maracanã fechado para as reformas com vistas à Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, coube ao Engenhão a honra de receber o beatle em sua quarta passagem pelo país. Duas apresentações foram agendadas, nos dias 22 e 23 de maio de 2011.
Emoção
Na primeira delas em sua volta ao Rio de Janeiro, uma homenagem emocionou McCartney. Durante a execução de "Hey Jude", milhares de pessoas levantaram cartazes de "na-na-na", o famoso refrão do clássico dos Fab Four.
Antes de se despedir dos 45 mil fãs que lotaram o estádio carioca, Paul ainda exibiu uma camisa da Seleção Brasileira, com o número 10 às costas, além de seu apelido, "Macca". "Agora sou do time brasileiro, é oficial!", brincou.
Em cada apresentação no Engenhão, McCartney tocou 33 músicas. Foram 22 da época dos Beatles e outras 11 de sua carreira após a dissolução do quarteto de Liverpool. Mas o repertório não foi igual. Pequenas alterações fizeram a diferença para os muitos fãs que assistiram aos dois shows.
No segundo deles, que aconteceu na segunda-feira, 23 de maio, Paul tocou o hit "I Saw Her Standing There", o primeiro que compôs, e que foi lançado no álbum de estreia dos Beatles, "Please, Please Me".
Após mais duas apresentações com ingressos esgotados, Paul McCartney deixou o estádio do Engenhão sabendo que, desta vez, não haveria volta. Tocar no Brasil teria de ser algo constante em sua carreira. Faltava agora o sonhado show em Belo Horizonte, a "Liverpool dos trópicos".