Esperança só para 2018

30/04/2016 às 17:44.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:13

Especialistas já apostam que a crise econômica pela qual passa o Brasil hoje é a pior da sua história. E não há como saber em que ponto da curva do desemprego estamos; apenas que o viés é de alta. Precisaremos sobreviver por alguns anos para olhar para trás e visualizar o momento em que o emprego iniciou sua recuperação no país. Será em 2018?

Não há elementos para se imaginar que em 2017 o Brasil consiga sair da crise. O desemprego que atinge pouco mais de 11 milhões de brasileiros resistirá por algum tempo, pois grandes empresas que ainda conseguem retesar a dispensa de empregados esbarrarão, em breve, na falta de crédito e de perspectivas, acabando por também demitir. A explicação é de que, na economia, uma bola de neve rege as relações entre serviços, comércio e indústria. A crise no comércio leva à queda da produção, que implica redução da demanda por serviços e assim por diante. 

Analistas preveem que 2018 será o ano da recuperação da economia. Claro que o cenário político continuará em efervescência, tratando-se de um ano eleitoral em que o PT, provavelmente, tentará voltar ao poder – levando-se em consideração que a tendência é de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aprovado no Senado. De outro lado, teremos provavelmente a candidatura de contraponto do PSDB e, é bem provável, uma terceira via. No entanto, como todas as crises são cíclicas e os países da Europa, que também passaram por maus momentos na economia, acertam ajustes e começam a caminhar para a recuperação, é lógico se pensar que 2018 trará boas novas. Como é desesperador pensar que ainda temos um ano e meio de más notícias, exigindo sacrifícios de empresas e empregados. A renda também caiu, com número cada vez maior de empresas cortando os salários e reduzindo a jornada de trabalho.

As histórias de desempregados se enfileiram nos registros de 2016 e certamente persistirão no ano que vem. Medidas do governo federal precisarão considerar a necessidade de retomada do emprego custe o que custar. As propostas apresentadas pela CNI vão ao encontro desse propósito. Resta a empresários e empregados esperar que a política econômica se ajuste à necessidade de retomada do crescimento e que o cenário internacional influa positivamente para que, de fato, 2018 seja de bonança.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por