WASHINGTON - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (12) que reforçará as sanções financeiras contra mais 50 entidades no Irã, às quais acusa de estarem vinculadas ao programa nuclear do país, especialmente empresas do Estado relacionadas com as Forças Armadas. "O Irã está sob fortes pressões, pressões multilaterais, e esperamos aumentá-las enquanto eles se negarem a dar uma resposta às preocupações fundadas da comunidade internacional em relação a seu programa nuclear", indicou, em um comunicado, o subsecretário do Tesouro, David Cohen, encarregado da investigação financeira e da luta contra o terrorismo. Os Estados Unidos e a União Europeia estabeleceram um embargo comercial às importações de petróleo iraniano, o que provocou uma importante queda nas exportações deste produto que representa dois terços da receita do país islâmico. O Irã enfrenta fortes sanções econômicas internacionais por seu polêmico programa nuclear. O Ocidente suspeita que o Irã pretenda produzir uma arma atômica amparando-se em seu programa nuclear, que, segundo Teerã, tem fins estritamente civis. Com a decisão desta quinta-feira, os departamentos do Tesouro e de Estado visam 11 entidades e quatro pessoas, alegando que muitas delas fazem parte de uma rede ligada ao Ministério da Defesa iraniano, encarregado da logística das Forças Armadas e de sua subsidiária, a Organização de Indústrias Aeroespaciais.