Müller decide de novo e põe Alemanha nas oitavas; EUA támbem passam

Gazeta Press
26/06/2014 às 15:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:09
 (Lavanderia Jr./EFE)

(Lavanderia Jr./EFE)

Surge uma grande candidata ao título na tarde desta quinta-feira. Na Arena Pernambuco, a Alemanha dominou os Estados Unidos com propriedade durante o jogo inteiro. Apesar do primeiro tempo frustrante que terminou em zeros, os tricampeões mundiais seguiram com maior posse de bola e procurando mais o gol. O resultado da insistência foi o chute de Müller que morreu nas redes e foi o bastante para a vitória por 1 a 0. Apesar do revés, os EUA não têm muito o que lamentar, já que o outro resultado do grupo também lhe garante vaga nas oitavas de final.

O estilo de jogo da seleção alemã dá novo sentido ao termo "congestionar o meio-campo". Como se não bastassem cinco criadores na linha de armação, os laterais ainda são acionados com frequência, subindo a sete o número de jogadores ofensivos quando o time de Joachim Löw tem a bola. Viradas de jogo precisas e avanço pelas pontas fazem a tricampeã mundial ser grande favorita ao título. Líderes da chave com sete pontos, nas oitavas de final os alemães encaram o segundo colocado do grupo H, que será decidido ainda nesta quinta-feira. A partida será nesta segunda.

Os Estados Unidos, por outro lado, mostram-se bastante crentes no sistema instituído por Jürgen Klinsmann. Disciplinados taticamente, interceptaram as ações ofensivas alemãs com frequência, dando poucas chances ao adversário pelo meio. O pecado é a fragilidade nas laterais, e os norte-americanos precisarão solucionar o problema antes da terça-feira, quando voltam a campo pelas oitavas de final. O adversário, líder do grupo H, será conhecido nesta tarde.

Confira as fotos da partida:

O jogo

 

Quem esperava um jogo de cavalheiros na Arena Pernambuco, surpreendeu-se com a paciência criativa da Alemanha logo nos segundos iniciais. Na primeira vez em que foi à frente, a tricampeã mundial tocou bola em velocidade até Boateng cruzar para Müller furar. A sobra ainda foi desperdiçado por Podolski. Logo na sequência, o lateral voltou a aparecer pela direita, desta vez às costas da zaga, e chutou para boa defesa de Howard.

Sitiada no campo de defesa, a seleção norte-americana mostrou-se compacta ao esperar as ações adversárias. Com os laterais avançados para formar linha de cinco criadores no meio-campo, a evolução alemã tinha como pilar principal o ataque pelos flancos. Pela esquerda, Podolski cruzou rasteiro para Howard trabalhar de novo. Do lado oposto, de novo Boateng cruzou com veneno para González cortar.

Na bola seguinte, a melhor chance germânica nos primeiro minutos curiosamente ficou entre dois defensores, quando Howedes e Mertesacker se atrapalharam dentro da área. O cerco alemão seguiu em nova triangulação na qual Boateng cruzou bem, mas González deslizou no carrinho para travar Müller. Pouco depois, o atacante apareceu em tabela antes de ser novamente desarmado. Tudo isso aconteceu antes dos 15 minutos.A intensidade adversária só deu espaço para os EUA responderem aos 21, quando Zusi apareceu em contragolpe para bater cruzado e assustar Neuer. A seleção alemã arrefeceu a pressão na metade da chuvosa primeira etapa e, apesar da insistência inicial e do gramado molhado, o segundo chute a gol só foi arriscado aos 30 minutos, por Kroos. Pouco depois Özil também teve chance dentro da área, mas ambos pararam em Howard. O bom trabalho do goleiro assegurou aos norte-americanos o empate no intervalo.

Na volta para o segundo tempo, Joachim Löw mudou o esquema para colocar Klose em campo, mas a mudança não facilitou o trabalho ofensivo. O gol alemão, inclusive, saiu do pé direito de um astro recente, e não antigo, da tricampeã mundial: Thomas Müller. Após escanteio da direita, aos dez minutos, Howard fez ótima defesa em cabeceio de Mertesacker, mas deu rebote para a entrada da área. De primeira, o atacante bateu consciente para acertar o cantinho direito.

Até então a última rodada do grupo G beneficiava os Estados Unidos, que se mantinham confortáveis na segunda posição. Mas o revés parcial, aliado ao empate de Gana e Portugal no outro jogo, passou a ameaçar os planos. Isto porque os africanos ficaram a um gol de passar de fase e eliminar os norte-americanos. O contexto fez a partida ficar mais aberta por alguns minutos, enquanto a chuva apertava e dramatizava a segunda metade da etapa final.

Mas o segundo gol dos patrícios, em Brasília, acalmou os nervos dos Estados Unidos na Arena Pernambuco. O duelo entre norte-americanos e alemães diminuiu de ritmo, mesmo com a seleção europeia voltando a reter a bola no campo ofensivo. Nos dez minutos finais, o "jogo de senhores" enfim deu as caras e os EUA fizeram pouco esforço para empatar. As exceções foram um chute de Bedoya e um cabeceio de Dempsey já nos acréscimos. Ainda que as chances tenham sido desperdiçadas, as duas seleções passam abraçadas às oitavas de final.

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