No plenário do Senado, Aécio e Anastasia criticam auditoria de Pimentel

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
09/04/2015 às 17:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:34
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) se revezaram nesta quinta-feira (9) no plenário do Senado para criticar o resultado parcial da auditoria do governador Fernando Pimentel (PT). Divulgado na segunda-feira (6), o documento batizado de Diagnóstico MG contestou o chamado choque de gestão, o custo da Cidade Administrativa e outras ações dos tucanos e aliados nos últimos 12 anos de governo em Minas.   Ao apartear Anastasia, Aécio declarou: “Por mais que queiram distorcer dados, como recentemente ocorreu em Minas Gerais, para camuflar a ineficiência de um Governo que ainda não iniciou, as conquistas conduzidas no nosso tempo e capitaneadas por vossa excelência são patrimônio dos mineiros. E foram elas que nos levaram, com muito orgulho, a ter hoje a melhor educação fundamental do Brasil, a melhor saúde pública da Região Sudeste, segundo os próprios órgãos federais responsáveis pela condução dessas áreas, assim como as nossas principais empresas de saneamento e de energia passaram a ser referências nas suas respectivas áreas de gestão eficiente”, discursou Aécio.   Em seguida, Anastasia emendou: “Com referência aos fatos de Minas recentes, eu queria dizer, eminente senadora Ana Amélia, que há uma velha máxima da política mineira: contra o fato não há argumento. Então, basta a pessoa ir a Minas Gerais e ver o que aconteceu ao longo dos últimos 12 anos, as escolas, as estradas, os lares de saúde, os indicadores, os resultados e os objetivos reconhecidos pelo governo federal, para demonstrar de fato os acertos do governo”. Por fim, Anastasia afirmou: “É evidente que há sempre o que melhorar. Isso faz parte do processo da continuidade administrativa, mas a gestão pública é muito importante e tem de ser feita sempre com muita responsabilidade, com muito denodo e com muito empenho”.   Nessa quarta, após encontro com a executiva nacional do PSDB, em Brasília, Aécio já havia classificado a auditoria “como uma grande encenação”. O tucano, no entanto, se esquivou de rebater os números apresentados. “Isso será contestado em Minas Gerais por quem está avaliando. Uma encenação de um governo que ainda não começou. Desejo que o governador eleito de Minas Gerais esteja à altura do cargo de governador e possa atender a todas as promessas e compromissos que assumiu com a população”.   Segundo Pimentel, a situação das finanças é "muito grave" e o Estado deve fechar o ano com um déficit de R$ 7,2 bilhões. Em duas horas de apresentação, na última segunda-feira, o governo petista citou 497 obras paradas, déficit de R$ 1,5 bilhão na saúde, sucateamento das polícias Militar e Civil, péssima condição de 74% das escolas estaduais, baixo investimento em tecnologia e gasto de R$ 120 milhões anuais com o custeio da Cidade Administrativa.

O outro lado

O Governo de Minas reafirma as informações divulgadas no amplo e criterioso diagnóstico realizado nos primeiros 90 dias de governo e reitera o compromisso com a população de, ao longo dos próximos quatro anos, manter a transparência sobre a real situação do Estado.

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