Livro desvenda detalhes do Grande Hotel de Araxá

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
16/11/2014 às 12:23.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:02
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

Foi num Carnaval que passou. Na verdade, o de 2013. O dublê de jornalista e publicitário – não bastasse, músico competentíssimo – Gabriel Rocha resolveu passar o tríduo momesco num ícone da arquitetura mineira: o Grande Hotel de Araxá. Foi de tal forma cooptado pelo que viu por lá que tratou de convocar o amigo, o fotógrafo Marcelo Prates, para mais uma empreitada da dobradinha. O resultado passa a ser submetido aos olhos do público a partir de segunda-feira, quando acontece, a partir das 19h, na Academia Mineira de Letras, o lançamento do livro “Grande Hotel de Araxá”, com as fotos de Prates, o texto de Rocha e o auxílio luxuosíssimo de um outro Marcelo, o Xavier, artista visual que dispensa apresentações.   Sim, são os mesmos três mosqueteiros, responsáveis pelo bem sucedido “Palácio da Liberdade”. Antes, Prates já havia lançado “Pássaros da Liberdade”. Foi esse, aliás, o responsável por alavancar essa espécie de confraria. “No caso do livro sobre o Palácio da Liberdade, a ideia foi não fazer uma obra que contasse a história do prédio, mas sim um livro de arte com um viés mais poético”. Em relação a Araxá, Gabriel conta que, antes do já citado Carnaval, não conhecia o hotel. “Fui chegando, batendo o olho e vi que dava para fazer um livro lindo”. Não bastasse, havia, ainda, uma data-redonda em evidência, a de 70 anos da edificação. O mote estava ali.   Responsável pelo texto, Gabriel faz questão de frisar que as palavras, no caso, entram na obra como coadjuvantes. “O livro é mesmo focado na imagem, o texto é para dar uma ‘lapidação’, digamos assim. As fotos dão a sintonia fina da mensagem”.    Rocha também ressalta que seu texto foi elaborado a partir de diretrizes diversas. Em algumas páginas, pode dar relevo ao que a foto por si já comunica. “Ou, ainda, trazer um outro aspecto da comunicação. Em outros casos, pode mesmo ‘conflitar’ com a foto, mas sempre com o objetivo de enriquecer a mensagem estética da imagem. É a coisa poética. (O texto) Pode tentar mostrar o que está por trás (da imagem) ou o que está obvio, mas que merece uma, digamos assim, cerejinha do bolo. Trabalhei o tempo todo consciente de que o foco é o visual, em momento algum pretendi ‘roubar’ a cena”, enfatiza.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por