O Brasil é líder na América Latina e quarto no mundo em geração de energia elétrica por fontes renováveis, revelou o boletim “Ranking Mundial de Energia e Socioeconomia”, do Ministério de de Minas e Energia (MME). À frente estão China, Índia e Estados Unidos. O grosso da energia brasileira oriunda de fontes renováveis continua sendo produzida pelas hidrelétricas, mas o crescimento de fontes alternativas também chama a atenção. O país também subiu cinco posições e é o 15º em geração de energia eólica. O levantamento faz um apanhado com informações de 2011, 2012 e 2013. O Brasil produz por ano, segundo o estudo, 121 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep) por meio de fontes renováveis de energia. A China tem produção de 311 Mtep, a Índia, de 199 Mtep e os Estados Unidos 129 Mtep. No caso da energia eólica, usando a unidade de terawaat/hora (TWh), o Brasil chegou em 2013 a uma produção de 6,6 TWh. Apesar da boa evolução do país no ranking mundial de eólica, essa produção ainda é pequena quando comparada à dos líderes. No topo da lista, por exemplo, está os Estados Unidos, que atingiram em 2013 uma produção de 169,4 TWh, ou 25 vezes mais do que produz o Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 226 usinas eólicas que, juntas, respondem por 3,3% da matriz energética nacional. O secretário do MME, Altino Ventura Filho, declarou em entrevista recente, que o país deverá encerrar 2014 com um acréscimo de 6 mil megawatts eólicos na matriz. Matriz energética O boletim do MME também traz o ranking de participação da energia renovável na matriz energética dos países, e o Brasil está na quarta colocação com 42,6% de participação. Foram comparados 87 países com PIB per capita igual ou superior ao brasileiro. Superam o Brasil apenas países com população inferior a cinco milhões de habitantes, como Islândia, Gabão e Noruega. O documento mostra ainda que Brasil ocupa o 9º lugar entre os maiores consumidores de energia elétrica do mundo, mas a boa colocação se dá apenas pelo tamanho de sua população. No ranking de consumo de energia per capita, o país ocupa um humilde 92º lugar e despencou 12 posições em relação ao levantamento anterior. O consumo de energia é considerado um termômetro do nível de desenvolvimento econômico dos países pesquisados.