Reino Unido realiza primeira incursão aérea contra milícia no Iraque

Folhapress
27/09/2014 às 11:07.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:22

O Reino Unido enviou neste sábado (27) dois aviões militares de combate para sobrevoar o Iraque. Esta é a primeira ação dos britânicos na região desde que o Parlamento autorizou ataques contra militantes do Estado Islâmico, na sexta (26).   O sobrevoo acontece horas após a facção radical islâmica e outros grupos extremistas serem alvo de bombardeios na cidade de Kobani, na Província de Raqqa, no leste da Síria, e em Palmyra, na Província de Homs, região central do país.   Segundo o Ministério da Defesa britânico, os caças Tornado deixaram a base de Akrotiri, em Chipre, para um sobrevoo sobre áreas dominadas pelo Estado Islâmico. O governo informou que as aeronaves "estão prontas para serem usadas em ataque quando os alvos apropriados forem identificados".   Nos últimas seis semanas, os caças Tornado britânicos foram usados em missões de reconhecimento no Iraque, mas esta é a primeira vez em que eles podem atacar a região. Ainda não há informações sobre bombardeios britânicos. Na sexta (26), o Parlamento britânico aprovou os ataques com o voto de 524 legisladores, contra 43 opositores à medida. O primeiro-ministro David Cameron disse que o mundo tem a obrigação de encurralar o Estado Islâmico.   "Esta força conhecida por sua crueldade ultrajante pelas decapitações, crucificações, a retirada de olhos, o uso de estupro como arma e a chacina de crianças. Nós enfrentamos a ameaça de um califado terrorista na costa do Mediterrâneo e nas fronteiras de um membro da Otan", disse Cameron, em referência à Turquia.   Além dos britânicos, a Bélgica e a Dinamarca anunciaram que enviarão jatos de combate ao Iraque para a campanha contra a milícia, iniciada na semana passada pelos Estados Unidos e que já teve a adesão de mais de 50 países. Neste sábado (27), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ofereceu o uso de aviões militares do país para garantir para criar uma zona de exclusão aérea na Síria, a fim de garantir a saída de refugiados e diminuir o número de mortes de civis.   Ataque   Mais cedo, bases do Estado Islâmico e de outros grupos extremistas foram atacadas perto da cidade de Kobani, no leste da Síria. A região de maioria curda é próxima da fronteira com a Turquia.   Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ocorreram 31 explosões em outras áreas da Província de Raqqa, um dos bastiões da facção, que provocaram a morte de sete extremistas.   Houve também ataques a postos de controle de Palmyra, na Província de Homs. Esta é a primeira vez em que a coalizão liderada pelos Estados Unidos ataca a região central da Síria, mais próxima à capital Damasco.

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