Conheça o Chile, adversário do Brasil no duelo deste sábado

Wallace Graciano - Hoje em Dia
28/06/2014 às 11:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:11
 (AFP)

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Uma das sensações da primeira fase, o Chile, de Jorge Sampoli, chega às oitavas de final da Copa do Mundo com um respeito que poucas vezes teve em sua história. Tanto que até mesmo os mais otimistas torcedores brasileiros estão com um “pé atrás” quanto ao duelo deste sábado (28), no Mineirão.   O motivo de tamanha cautela se deve ao futebol dinâmico que a “Roja” vem apresentando desde antes da Copa do Mundo. Após o sucesso na Universidad de Chile, quando virou sensação das Américas em 2011, Jorge Sampaoli assumiu o comando da seleção chilena e não comprometeu. Apostando em uma equipe ágil, ele conquistou a confiança da torcida e o respeito dos grandes adversários do futebol mundial.   Parte de seu sucesso passa pelo meio-campo. O principal destaque do setor é Vidal, que se transforma no cérebro da equipe com sua qualidade no passe curto e nos lançamentos em diagonal, que frequentemente abastecem os ágeis Alexis Sánchez e Eduardo Vargas, atacantes com alto poder de fogo.   Outro diferencial da equipe é o armador Charles Aránguiz. Atuando como segundo volante, ele se tornou importante peça no meio-campo de Sampaoli. Com poder de combate, sem deixar de lado a constante movimentação ofensiva, o atleta do Internacional se transformou em uma espécie de “motorzinho” andino.   Se do meio para frente o Chile impõe respeito, atrás é que se mostra vulnerável. Com uma zaga de baixa estatura e fraca na cobertura, Sampaoli foi obrigado a colocar o esquema de três beques, sempre com um para fazer a sobra. Bom para o ataque canarinho, que poderá aproveitar a sobrecarga para furar a defesa andina.   Retrospecto   Essa não será a primeira vez que a Seleção Brasileira encara os chilenos em Mundiais. Até o momento, os rivais sul-americanos se encontraram em três oportunidades na história do torneio, sempre em duelos decisivos. Em todas, quem levou melhor foi a equipe canarinho.   O primeiro dos encontros aconteceu na casa dos nossos adversários de sábado. Em 1962, Garrincha e Vavá colocaram a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo, após vitória por 4 a 2. Em 1998, foi a vez de César Sampaio e Ronaldo desequilibrarem o confronto que valia vaga nas quartas de finais do certame. Cada um marcou dois tentos na goleada por 4 a 1. Já no último Mundial, as duas equipes voltaram a se encontrar nas oitavas de final do torneio, com nova vitória canarinho, desta vez por 3 a 0.   No retrospecto geral, a disparidade entre as seleções fica ainda mais evidente. Na história, Brasil e Chile disputaram 68 jogos. Foram 48 vitórias da equipe canarinho contra apenas sete da “Roja”, enquanto 13 duelos terminaram em igualdade. Nos gols, a diferença é ainda mais gritante. O ataque verde e amarelo balançou as redes 159 vezes, enquanto o andino só deixou sua marca em 58 oportunidades.    Raio X   Provável escalação: CHILE: Bravo, Medel (Albornoz), Francisco Silva, Gonzalo Jara; Isla, Aránguiz, Marcelo Díaz, Mena, Vidal; Vargas e Alexis Sanchez. Técnico: Jorge Sampaoli   Ponto forte   Agilidade. O Chile tem no toque de bola rápido e eficiente sua principal característica. Sampaoli conseguiu introduzir na “Roja” um futebol que consegue envolver até mesmo uma sólida defesa. Parte dessa força vem de Aránguiz e Vidal, que organizam o meio-campo. Eles ganham o apoio de Mena e Isla, dois bons laterais, que ajudam a abastecer Sánchez e Vargas, atacantes que costumam trocar de posição frequentemente, flutuando no meio da zaga rival.   Ponto fraco   A zaga. Além de baixa estatura, o trio defensivo não é dos mais rápidos. Sampaoli precisou colocar Francisco Silva na sobra de Jara e Medel para conseguir equilibrar as ações com os adversários. Dos três, Jara é o mais alto, com 1,78 m (Fred, por exemplo, tem 1,85 m).   Olho nele   Vidal. É dele que vem o toque de qualidade na equipe andina. Meia da Juventus, da Itália, não costuma errar passes com frequência e tem na tomada de decisão sua principal característica. Na marcação, costuma ter boa presença, apesar de ser um pouco explosivo.    Retrospecto em Copas do Mundo   Participações - 9 Melhor colocação – 3º lugar, em 1962 Jogos –  32 Vitórias - 11 Empates - 6 Derrotas - 15 Gols pró -  39       Gols contra - 48   Artilheiro – Leonel Sanchez (1962 e 1966) e Marcelo Salas (1998) – 4 gols    Quem mais jogou – Leonel Sanchez (1962 e 1966) e Elias Figueroa (1966, 1974 e 1982) – 9 jogos   Como chegou ao Brasil   Terceiro colocado nas Eliminatórias Sul-americanas   Campanha nas eliminatórias   Jogos - 16 Vitórias - 9 Empates - 1 Derrotas - 6 Gols pró - 29 Gols contra – 25

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