Compra do usado: como tirar a pulga de trás da orelha?

20/04/2016 às 15:44.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:02

Comprar um carro usado sempre deixa várias pulgas atrás da orelha. Será que o proprietário anterior sabia de algum problema e não contou para ninguém? Ou quem sabe nem ele mesmo tenha percebido algum defeito? Pode ser que o carro não tenha problema mas o dono tenha uma ação correndo na Justiça e o veículo é garantia da causa?

Tudo é possível em relação ao carro usado. Mas existem várias formas de o comprador se proteger.

Em primeiro lugar, é importante saber que o negócio feito diretamente com o dono do carro não tem o respaldo do código de defesa do consumidor.

Pois a relação de consumo só se caracteriza quando o produto é vendido por uma empresa. Esta sim, é responsável pelo bem comercializado e se enquadra no código. Se o carro foi comprado diretamente do proprietário, é possível entrar na Justiça para eventual ressarcimento, num processo mais difícil e demorado. Em que se alega má fé do vendedor ou outros problemas que justifiquem uma ação judicial.

Em segundo lugar, mesmo ao se comprar um carro usado de uma pessoa jurídica (concessionária ou loja), há sempre vários cuidados a se tomar. Já estão surgindo no Brasil as primeiras empresas especializadas na avaliação de veículos. 

Vale a pena pagar por um laudo feito por um profissional do assunto? Geralmente é vantajoso por dois motivos. Primeiro, porque ele tem condições de perceber se o carro tem problemas graves bem disfarçados e, neste caso, nem vale a pena adquiri-lo. Entretanto, ele pode concluir, depois de cuidadoso exame, que o carro é íntegro e nenhum problema desabonador. Mas elabora uma relação de pequenos reparos que devem ser realizados pelo novo proprietário. Com esta lista em mão, é sempre possível conseguir um desconto no preço do carro, que quase sempre supera o que se paga pela avaliação, no entorno de R$ 250 a R$ 300. 

Nunca se esquecer de que, além do laudo técnico, é importante uma pesquisa sobre o histórico do carro em termos burocráticos/administrativos: licenças, multas ou outras pendengas que possam vir a complicar a vida do novo proprietário. 

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