Os vereadores de Belo Horizonte debateram mais uma vez nesta quarta-feira (6), durante reunião plenária à tarde, o desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, região da Pampulha, que levou duas pessoas à morte e deixou 23 feridos no dia 3 de julho. A oposição insistiu para que mais vereadores assinem o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, mas a investida foi em vão. Atualmente há sete assinaturas favoráveis à investigação na Câmara. Para que a CPI seja constituída é necessário o apoio de 14 parlamentares.   O líder do governo, Wagner Messias Preto (DEM), se posicionou contra a abertura da investigação pela Câmara Municipal. O parlamentar prefere aguardar que a perícia realizada pela Polícia Civil aponte os responsáveis pelo desastre, mas isentou o prefeito Marcio Lacerda (PSB) de culpa pelo desabamento. Porém, afirmou que os responsáveis serão punidos “doa a quem doer”. De acordo com ele, o viaduto foi construído por meio de processo licitatório, em consonância com a legislação vigente.   O vereador Leonardo Mattos (PV) também criticou a iniciativa da oposição de requerer a abertura de CPI para investigar o caso. Mattos defende que a Câmara Municipal deve aguardar o resultado da perícia e agir na forma da lei caso algum ente do governo seja responsabilizado. Ele classificou a abertura de uma CPI neste momento como uma “manifestação eleitoreira”. Segundo o vereador, a sociedade não espera da Câmara gestos abruptos neste momento e aguardar a apuração dos fatos seria um gesto de sabedoria do Legislativo.   Já o líder do PT na Casa, vereador Pedro Patrus, pediu aos vereadores que firmem um “pacto pela cidade” e “pela transparência”, permitindo que a Casa apure o desabamento do viaduto por meio de uma CPI. A oposição diz esperar que os vereadores dêem uma resposta à cidade e cobrou a responsabilização dos culpados.   De acordo com Juninho Paim (PT), ao permitir a abertura da CPI, os parlamentares estarão cumprindo seu papel diante do acontecimento. Ao salientar a gravidade dos fatos, o parlamentar lembrou que vizinhos do viaduto perderam o direito de permanecer em suas casas e tiveram de ser transferidos para hotéis, dada a falta de segurança a que os imóveis localizados no entorno do viaduto estão submetidos.   (*Com Câmara Municipal)

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