Nas vésperas do duelo contra os peruanos, a Cidade do Galo foi abatida com uma notícia desagradável. Luan voltou a sentir a lesão no joelho direito e ficará de molho por tempo indeterminado. O técnico Diego Aguirre, sem Dátolo e Hyuri, iria para o esquema com três volantes. Mas o uruguaio tinha uma carta na manga que desequilibrou o duelo. Leandro Donizete voltou ao time titular e fez a dupla de volantes com Rafael Carioca. Isso mesmo, uma dupla e não um trio. Junior Urso, que caiu no gosto do comandante técnico, foi inesperadamente deslocado para a meia direita. A surpresa da composição tática tem suas limitações. Afinal, o camisa 20 fez essa função nos minutos finais da derrota para o Independiente del Valle, no Equador. Mas em casa, com a Massa empurrando, um campo melhor e uma marcação frágil, Urso deitou e rolou na faixa lateral do gramado. Com explosão física, ele ganhou na corrida do lateral-esquerdo Loyola e cruzou para Robinho no segundo pau. Mas o camisa 7 veio rápido demais e a bola pipocou para Cazares cabecear na trave. Sem ter tantas preocupações defensivas no primeiro tempo, Urso cruzou o campo em novo ataque atleticano. Do outro lado, viu uma bola sobrar na área e, novamente usando a velocidade de reação, foi buscá-la no limite da interceptação da zaga. Tirou a bola da marcação e foi tocado. Pênalti convertido por Lucas Pratto. No segundo tempo, Urso ampliaria o leque de jogadas efetivas. Recebeu a bola de Robinho na direita, balançou o corpo, tentou o drible e, de canhota, cruzou e descobriu Carlos entre os zagueiros, atento para cabecear e marcar o quarto. Atuação praticamente impecável, capaz de arrancar aplausos e ovação da torcida. Na ausência de Luan, que foi igualmente ovacionado quando apareceu no telão do Mineirão, Diego Aguirre encontrou um substituto fora dos cálculos.

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