Polícia desmonta rede de prostituição em BH e interior de Minas

Michelle Maia - Hoje em Dia
06/09/2013 às 15:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:43

A Polícia Civil desmontou um esquema de prostituição em Belo Horizonte e no interior de Minas após denúncia sobre um site que agenciava garotas de programa. A Operação Copa do Mundo II, realizada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, apresentou, nesta sexta-feira (9), diversos materiais apreendidos durante a segunda fase da ação.

Um casal foi preso na última quarta-feira suspeito de chefiar a quadrilha. Foram apreendidos dois carros de luxo, uma BMW X5 e uma Land Rover, além de 300 celulares etiquetados por nomes de cidades, 80 cartões bancários, talões de cheque, passaportes da família, tablet, televisão, R$2.400 em dinheiro, além de cédulas de euro e peso. Segundo a polícia, cerca de 50 mulheres faziam parte do esquema.

A investigação começou por meio de um site registrado em nome do casal Sérgio Marques Geraldo, de 41 anos, e Eva Maria Barbosa, de 38, que estaria agenciando as garotas. O esquema também pode ter saído do Estado, mas a informação ainda está sendo investigada.

Telemarketing do sexo

Segundo a polícia, em um escritório central, no bairro Prado, o casal mantinha atendentes de telemarketing, motoristas e uma faxineira. O cliente entrava no site e escolhia uma garota pela foto exposta no site. O atendimento era feito pela telefonista que combinava o valor do programa e já marcava um encontro com a garota.
 

Polícia desmonta rede de prostituição em BH e interior de Minas (foto: Michelle Maia/Hoje em Dia)


Um dos lugares escolhidos era um “Scot Bar”, no Alto Barroca, onde supostamente funcionava uma casa de estética, de propriedade do casal. Feito o acordo, a atendente designava um motorista para buscar a garota de programa e a levava até o local, onde o serviço era concluído. Grande parte do dinheiro, cerca de 60%, era repassado à organização criminosa.

 

 

Para a ocultar a origem do dinheiro eles criavam empresas de fachada. No escritório central, supostamente funcionava uma empresa de informática e no alto barroca, onde funciona o Scot bar, seria um centro de estética. Os funcionários eram contratados, inclusive com carteira assinada.

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