O número de homens que fazem uso de bebida alcóolica e depois pegam a direção de um veículo teve redução em Belo Horizonte. Foi o que revelou estudo da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.   A redução ocorreu nos últimos sete anos, quando entrou em vigor a Lei Seca. Além da capital mineira, houve diminuição de casos de embriaguez ao volante também em Salvador, Maceió, Macapá, Porto Velho, Palmas. Em contrapartida, foi registrado um aumento significativo entre as mulheres, de 0.1 para 0.4%, em São Paulo. Ainda na capital paulista, entre os homens, o consumo registrou aumento de 2,9%.   O estudo mostrou que o índice de embriaguez ao volante no Brasil passou de 2% em 2007 para 1,1% em 2013. A Lei Seca entrou em vigor em 2008 e ficou mais rígida em 2012. “Uma lei mais rígida, mexe com o comportamento da população de todo o país”, destaca a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta   De acordo com o estudo, houve uma queda de 47% no consumo de bebidas alcoólicas entre os homens associado à direção. De 4,0% em 2007 para 2,1% em 2013. Já entre as mulheres, este percentual se manteve estável 0,3 no mesmo período.     A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%. Houve ainda uma redução no consumo de álcool quando se trata do número de anos de escolaridade. Entre pessoas com mais de 12 de escolaridade, a redução passou de 2.8% para 1.7%.   O estudo encontrou também diferenças entre as regiões entre homens e mulheres. Na região Norte a redução foi 54% - passando de 2.2% para 1.0% - e no Nordeste de 50% - de 2.4% para 1.2%. Na região sul, a queda de consumo de álcool associado ao volante foi de 47% - de 2.1% para 1.1%; na região Centro-Oeste a diminuição foi de 40% - passando de 3.0% para 1.8% - e  no Sudeste também foi 40%, de 1.5% para 0.9%.   Acidentes   No Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito. Essa violência reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de 229 milhões de reais.   Lei Seca   Atualmente, o motorista que for flagrado dirigindo com teor alcóolico entre 0,05 e 0,34 miligrama por litro de ar expelido é multado em R$ 1.915,40, tem a carteira apreendida e não pode seguir viagem. Já aquele em que a concentração de álcool no organismo for superior a 0,34 miligrama é preso por prática de crime de trânsito e responde a processo criminal, além das penalidades administrativas.    O estado de embriaguez do motorista sob efeito de drogas ilícitas pode ser caracterizado pelas autoridades a partir de observações, como a constatação de sinais e imagens – vídeos e fotografias. Também são aceitos depoimentos e provas testemunhais que comprovem que o motorista não está apto a dirigir.   Além da suspensão do direito de dirigir por um ano, o motorista flagrado sob efeito de álcool ou drogas psicoativas também é multado em R$ 1.915,30. 

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