Compostos por metais pesados e outros componentes químicos, medicamentos, pilhas e baterias causam danos ao meio ambiente e são um risco para a saúde humana quando jogados no lixo comum.   “Os principais riscos são a contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas e, se for gasoso, contaminação do ar, chuva ácida e problemas de saúde em toda a população”, explicou o professor do curso de gestão ambiental do Centro Universitário Una, Aluízio Durço Bernardino.   O descarte incorreto de material tóxico é o tema da terceira reportagem da série do Hoje em Dia sobre sustentabilidade.   Segundo a coordenadora do setor de tecnologia e informação em resíduos do Centro Mineiro de Referência em Resíduos, Camila Seixas, pilhas e baterias devem ser tratadas de forma específica.   “Pilhas e baterias vão para usinas, onde são trituradas e passam por um reator químico que neutraliza os componentes tóxicos. Depois, o composto é filtrado, o material prensado e aquecido. O que sobra é um óxido utilizado em indústrias”, explicou.   O ideal, segundo especialistas, é que esses materiais sejam descartados em locais onde haja empresas especializadas nesse tipo de coleta.   Papa-pilhas   Em muitos estabelecimentos há os famosos “papa-pilhas”. O supermercado Super Nosso, por exemplo, colocou à disposição o equipamento nas suas 15 unidades.   “São recolhidas nas lojas cerca de 150 quilos de pilhas e baterias por mês”, informou a gerente corporativo de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho do Super Nosso, Viviane Veríssimo.   O shopping Pátio Savassi também conta com um desses equipamentos. “Temos recolhimento a cada três meses. No último, em março, foram retirados mais de 450 quilos”, afirmou a gerente de marketing, Rejane Duarte.   Além de pilhas e baterias, medicamentos também devem ser descartados de forma adequada. Em Belo Horizonte, os 147 centros municipais de saúde recebem esses materiais, que são posteriormente encaminhados para uma empresa responsável pela incineração de forma adequada.

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