
Professores, alunos, ex-alunos e servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizaram nesta tarde um protesto contra a fusão do Ministério da Ciência, Técnologia e Inovação (MCTI). Desde que o presidente interino Michel Temer assumiu o poder, a pasta se uniu ao Ministério das Comunicações.
Em nota divulgada nessa segunda-feira (6), o Conselho Universitário da UFMG classificou como “grave retrocesso” a união dos ministérios. O mesmo posicionamento foi lido na abertura da manifestação, que contou também com apoio de entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Durante a manifestação, o reitor da universidade, Jaime Ramírez, afirmou estar indignado com a decisão do governo federal e defendeu uma polícia de Estado forte e de longo prazo, que atenda aos interesses do país. “Precisamos estar preparados para indicar nossa contrariedade com relação a essa nova configuração e resistir, seja como for”, ressaltou Ramírez.
A vice-reitora Sandra Goulart Almeida também participou da manifestação e destacou o papel da UFMG como foco de resistência. “Não podemos abrir mão de valores como os que têm gerado avanços e contribuir para um movimento unificado que leve à recriação do MICT, que deve ganhar cada vez mais relevância, como promotor de desenvolvimento, cidadania e inclusão”, destaca.