Patagônia chilena

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
22/03/2015 às 12:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:26
 (reative Commons)

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Oficialmente, o outono no Hemisfério Sul começou na última sexta-feira, dia 20. Logo as temperaturas devem começar a baixar no sul do continente. O que não deve baixar é o dólar. Com a moeda norte-americana valorizada, viagens para os Estados Unidos não têm sido muito indicadas. Em compensação, destinos brasileiros e sul-americanos estão em alta. E um dos lugares que mais merecem ser descobertos pelos nossos turistas é a Patagônia Chilena, uma região de beleza selvagem, arrebatadora. Adjetivos insuficientes para descrever o impacto que os cenários da Patagônia Chilena causam.   A Patagônia ocupa uma grande área de cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, espalhada por Chile e Argentina. Vai dos Lagos Andinos até a Terra do Fogo e o Cabo Horn.   No Chile, a Patagônia abrange destinos turísticos famosos, como Puerto Varas, Frutillar, Punta Arenas, Pucón e Torres del Paine.   Mesmo sendo considerada selvagem, a Patagônia Chilena não é mais um lugar para o qual só se dirigem mochileiros e aventureiros. A região já conta com ótima infraestrutura de hospedagem, com hotéis e resorts estrelados, instalados junto a lagos e montanhas, em um cenário de cartão-postal. Agora, é um destino para todas as idades.   Patagônia se veste de vermelho e dourado   Raposas e pumas estão entre os animais típicos da Patagônia, tanto na parte chilena quanto na argentina. A eles se juntam espécies como llamas, maras (parentes de nossas lebres), guanacos (primos das llamas), e, mais ao sul do continente, elefantes-marinhos, leões-marinhos e pinguins.   Quando o frio chegar para valer, daqui a alguns dias, ficará mais fácil topar com alguns desses animais – embora um puma não seja exatamente a melhor opção para se deparar durante suas férias...   Por conta disso, os safáris fotográficos estão entre os passeios mais procurados pelos visitantes da Patagônia. Ao chegarem em Punta Arenas, ao sul, ou em Puerto Montt, ao norte, os turistas encontrarão uma paisagem diferente do que se viu no verão. No lugar das cores mais fortes e alegres, como amarelo, roxo e verde, veremos mais o dourado e o vermelho típicos do outono. Para os amantes da fotografia, será puro deleite registrar o contraste entre o céu azul, os picos nevados das montanhas, vulcões (como Pucón) e dos maciços (Torres del Paine), as águas azuis dos lagos e a vegetação baixa às margens dos rios.   Conhecer toda a região da Patagônia Chilena é quase impossível em uma única viagem. Afinal de contas, de Puerto Montt, a entrada norte da Patagônia, nos Lagos Andinos, até Punta Arenas, quase chegando à Terra do Fogo, são 2.500 quilômetros de estrada, ou cerca de 33 horas de viagem.   Melhor explorar uma parte de cada vez. Pode ser os Lagos Andinos, ao norte, indo de Puerto Montt e Puerto Varas até Bariloche, no lado argentino. Pode-se descer até Pucón e admirar os belos vulcões. Ou continuar descendo, passando pelos grandes glaciares, até chegar à Terra do Fogo. Uma bela viagem.     E mais   Se o Atacama, no norte do Chile, em que pese o avanço da sua rede hoteleira, ainda é considerado um destino para aventureiros e esportistas com bom preparo físico, a Patagônia Chilena já descartou de vez essa fama. Hotéis e resorts de luxo levaram conforto e requinte à região, embora a essência “selvagem” tenha se mantido. Aliás, é esse misto de aventura e sofisticação que tem atraído mais visitantes brasileiros e de outros países até a Patagônia Chilena.   A quantidade de estrangeiros visitando a Patagônia aumenta a cada ano, tornando corriqueiro o fato de escutarmos mais inglês, alemão, francês e italiano do que espanhol em algumas épocas do ano. Os brasileiros ainda vão em menor número, preferindo passar os meses de frio nas estações de esqui chilenas e argentinas, ou nas capitais (Santiago e Buenos Aires). No máximo, fazem a travessia dos Lagos Andinos, de Puerto Montt a Bariloche. Ali é a porta de entrada norte para a Patagônia. É a região das montanhas, muito procuradas para a prática de esqui e de outros esportes, como trekking, escalada e montanhismo.   Mas a região da Patagônia se estende por mais de 2.000 quilômetros para o sul, passando por lagos, vulcões e glaciares, até alcançar a Terra do Fogo, dividida entre Chile e Argentina.   Por toda a região, você encontra desde cabanas charmosas e refúgios na neve, até verdadeiros resorts 5 estrelas. Tem para todos os bolsos.   Os cruzeiros pelos lagos estão entre as melhores opções para se conhecer a região, pois permite ao turista visitar atrativos naturais que seriam de acesso mais difícil de carro ou a pé. Companhias como a Skorpios se especializaram nesse tipo de passeio.   Por praticamente toda a Patagônia, tanto do lado chileno quanto do argentino, é possível praticar esportes diversos, como pesca, esqui, montanhismo, cavalgadas, trekking, caça, golfe, excursões em veículos 4x4, navegação, observação de flora e fauna, mergulho, safáris fotográficos, visita a grutas rupestres, parques nacionais (como o de Torres del Paine), glaciares, sítios arqueológicos, com fósseis de dinossauros e bosques de árvores petrificadas; museus; estâncias de campo...   E nos restaurantes e resorts, toda a delícia da gastronomia patagônica, em que se destacam os peixes, como o salmão e o côngrio, e o cordeiro.

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