Após impeachment, Luiz Pinguelli Rosa pede desligamento de órgão ligado ao clima

Vinicius Neder
16/05/2016 às 16:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:27

Alegando considerar injusto o afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, Luiz Pinguelli Rosa, professor emérito da Coppe, o instituto de pós-graduação em engenharia da UFRJ, pediu o seu desligamento do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). Pinguelli, que foi presidente da Eletrobras no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, era secretário executivo do FBMC.

"Reputo de injusto o afastamento da Presidente da República pelo Congresso Nacional com a conivência do Supremo Tribunal Federal, pois não se provou qualquer crime de responsabilidade como estabelece a Constituição", escreveu Pinguelli, em carta de 12 de maio endereçada ao presidente em exercício Michel Temer.

O FBMC foi criado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, em 2000. Pinguelli estava no cargo de secretário-executivo desde 2004. O órgão, formado por cientistas de várias áreas que pesquisam as mudanças climáticas, tem o papel de auxiliar o governo nas políticas e acordos internacionais sobre o tema.

"O fórum teve várias reunião com o Presidente da República e Ministros apresentando sugestões que foram incorporadas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas e na Lei Nacional sobre Mudanças Climáticas, bem como contribuiu para o Compromisso do Brasil na Conferência do Clima da ONU.

No momento, o fórum estava discutindo as propostas para o Plano de Adaptação nos diversos setores em ligação direta com a Ministra do Meio Ambiente", diz Pinguelli na carta, referindo-se à ex-ministra Izabella Teixeira, substituída pelo deputado federal Sarney Filho (PV-MA), que já havia ocupado o cargo no governo Fernando Henrique.
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