#BHNASRUAS: uma prova que não valeu nota

Elemara Duarte - Hoje em Dia
27/06/2014 às 14:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:10
 (#BHNASRUAS/Divulgação)

(#BHNASRUAS/Divulgação)

O biotipo “jornalista de bloquinho na mão” se transformou para “um jornalista de bloquinho e celular em punho e de olho em rede social”. Cerca de 20 jovens estudantes da profissão na UFMG se valem disso, desde junho do ano passado, para abastecer o perfil do Facebook #BHNASRUAS. A iniciativa inédita no Brasil diante das manifestações populares virou o livro “#BHNASRUAS: Uma Experiência de Cobertura Colaborativa” (Editora Letramento), a ser lançado nesta sexta-feira (27), às 18h, na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi).

Assinado por 16 estudantes e organizado por dois professores da universidade, o livro mostra os bastidores da fascinante produção independente, criada pelos próprios alunos. “Não sabia que eram eles. Vi o perfil, pensei: ‘Vou seguir’”, lembra um dos organizadores da publicação, o professor e jornalista Carlos d’Andréa, que se enche de orgulho do seu criativo corpo discente.

Que bom que fizeram isso sem a nossa interferência. Independentemente do que forem fazer que eles tenham a mesma dedicação, criatividade e a garra em qualquer outro trabalho”.

Hoje, o perfil é seguido por mais de 95 mil internautas. Depois de criado, o #BHNASRUAS ainda serviu de inspiração para que cariocas criassem o “Rio nas Ruas” e jovens de São Paulo também fizessem experiências semelhantes.

Uma das estudantes mineiras é Bruna Martins, 20 anos. “Foi num domingo à noite que o Gustavo (Rezende de Magalhães) postou a proposta num grupo de comunicação. Quem estava on line topou”, lembra ela. “A gente não tinha a menor ideia do que ia acontecer”, admite. Jornalismo Colaborativo, explica ela, existe desde 2005, nos EUA, mas as teorias são poucas.

O esquema de trabalho, relativamente simples, contava com pessoal nas ruas e um administrador, função que a maior parte das vezes era feita por Gustavo. “A minha função era organizar a informação colhida na rua e apurar algum assunto”.

Todo lucro do livro será investido na página do Facebook. “Ainda continuamos trabalhando cada um na sua casa e com seu celular. Usamos bloquinho, mas também um celular”, diz Bruna.
 

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