(Flávio Tavares)
A mística do “Caiu no Horto, está morto”, que acompanha o Atlético desde a reinauguração do Independência, em abril de 2012, não funcionou este ano. A derrota por 3 a 0 para o Corinthians, no último domingo, resultado que praticamente definiu o Brasileirão, foi apenas mais uma queda em momentos decisivos em 2015 e prova que jogar no estádio não é mais garantia de vitória para o alvinegro.
O aproveitamento do Galo no Horto, que chegou a ser de 82% em 2013, é de 68% nesta temporada. E, para colocar mais ainda em xeque a “força da arena”, basta recapitular os desastres vividos pelo clube nos principais jogos do ano.
No Estadual, duas partidas acenderam a luz amarela e já indicavam que, ao contrário dos três últimos anos, o time precisaria de um ingrediente a mais para manter a hegemonia em casa.
Na primeira delas, derrota para o América por 2 a 1, na quarta rodada. Apesar de jogar como visitante, o Atlético teve a maioria da torcida e amargou a primeira derrota para o Coelho no novo estádio.
O outro tropeço veio nas semifinais, contra o Cruzeiro. Tendo que tirar a vantagem do rival, que jogava por dois empates, o Galo ficou no 1 a 1. Depois, garantiu a vaga na final no segundo jogo, no Mineirão, vencendo por 2 a 1.
Na Libertadores, mais tropeços. Na fase de grupos, derrota para o Atlas, do México, por 1 a 0. Nas oitavas, um empate por 2 a 2 com o Internacional abriu o caminho para a eliminação, uma semana depois, em Porto Alegre, com derrota de 3 a 1.
Na Copa do Brasil, onde defendia o título, um empate por 1 a 1 com o Figueirense, também nas oitavas, custou caro ao Galo, que foi derrotado por 2 a 1 em Florianópolis, na volta, e deu adeus ao sonho do bi.
Clássico
Para completar o ano desastroso no Horto, veio o Brasileirão. Apesar de uma boa campanha, em casa foram perdidos pontos importantes. Talvez, o principal deles, na sexta rodada, quando perdeu para o Cruzeiro por 3 a 1. Foi a primeira derrota para o rival em dez clássicos no novo estádio.
O Galo perdeu também para o Atlético-PR (1 a 0) e para o líder Corinthians (3 a 0). Esta última, permitiu ao clube paulista abrir 11 pontos de diferença na briga pela taça do Brasileirão.