A Copa do Mundo começa nesta quinta-feira (12) e, junto com o evento, têm início também as manifestações. O primeiro ato em Belo Horizonte está previsto para o meio-dia desta quinta, na Praça 7, no Centro da capital mineira. O protesto, promovido pelo Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac), deve ser pacífico, segundo os organizadores. No entanto, para se prevenir contra as possíveis ações de vândalos, comerciantes instalaram nessa quarta-feira (11) proteções nas fachadas das lojas.   Até as 16h dessa quarta-feira (11), cerca de 6.300 pessoas haviam confirmado presença no protesto. No entanto, Isabella Gonçalves Miranda, membro do Copac, espera quorum menor – cerca de 5 mil participantes.    Devem aderir à manifestação servidores municipais em greve, moradores de ocupações urbanas e integrantes de outros movimentos populares. O protesto será repetido em todas as cidades-sede do Mundial.   “Teremos um jogo de futebol lúdico e a encenação de um arraial, devido à proibição de festas populares durante a Copa. O trajeto da passeata ainda será definido, mas não deveremos ir até o Mineirão”, afirmou Isabella.   A Polícia Militar informou que não foi notificada formalmente sobre a realização do protestopor nenhum sindicato, entidade civil ou grupo organizado. “Caso ocorra, a PMMG irá adotar as providências previstas na Constituição Federal e nas leis infra-constitucionais para cada caso”, informou, em nota, a corporação.    Apesar da informação dos organizadores de que o ato será pacífico, comerciantes temem a possível ação de vândalos. Bancos, concessionárias de veículos e lojas em geral cobriram as fachadas com tapumes, barras de ferro e cercas, principalmente no hipercentro de BH e nas avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado, Pedro II e até na Raja Gabaglia.   A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) orienta os empresários para, em caso de confrontos, fechar imediatamente as portas e acionar a Polícia Militar. Os comerciantes deverão liberar funcionários 1h30 antes do jogo desta quinta, marcado para às 17h.   Proibição   Para facilitar a identificação de vândalos foi aprovada nessa quarta-feira (11), em 1º turno, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a proibição do uso de máscaras durante as manifestações. O projeto de lei 4.474/13, de autoria do deputado Sargento Rodrigues (PDT), ainda depende da aprovação dos parlamentares em 2º turno.    A justificativa do projeto é facilitar o trabalho das forças de segurança, obrigando quem use mascaras a se identificar aos policiais sempre que for requisitado. Quem desobedecer poderá ser preso e multado em até R$ 26 mil.   Para a integrante do Copac Isabella Miranda a proposta é inconstitucional e é uma tentativa de criminalizar as marchas e movimentos.    “É uma justificativa para a repressão das manifestações. Acreditamos que todas as formas de protestos são válidas”, argumentou.

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