Prefeitura de Valadares decreta situação de calamidade pública

Ana Lucia Goncalves - Hoje em Dia
10/11/2015 às 21:55.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:25

O desabastecimento de Governador Valadares, no Leste do Estado, por causa da passagem da lama que vazou das barragens da Samarco em Mariana levou a prefeita Elisa Costa (PT), a decretar situação de calamidade pública na tarde desta terça-feira (10). E lançou uma campanha para arrecadar água mineral. O governador Fernando Pimentel visitará a cidade nesta quarta-feira (11).

Além desse decreto, que dispensa licitação para a compra de mercadorias e contratações de serviços, foi publicado um outro que obriga os detentores de poços artesianos a cederem água para o município e para a população que não tiver reservas em casa. Um estudo esta sendo feito para saber quantos são esses poços e onde estão. Caso se recusem a ceder água, os proprietários poderão ser multados. O valor ainda sera definido.

“Estamos pedindo solidariedade”, enfatiza a prefeita, lembrando que isso inclui, além da doação de água mineral e por quem tem poços artesianos, a manutenção dos preços. E que com a grande procura, comerciantes estão elevando o preço da água mineral que chega a custar R$ 20,00 um galão com 20 litros que antes custava R$ 8,00. Para esses casos sera acionada a Procuradoria de Defesa do Consumidor do MP. As doações de água mineral poderão ser entregues na Praça de Esportes, que fica na Rua Afonso Pena, 2.550, Centro.

Com o decreto a prefeita também espera chamar a atenção dos orgãos estaduais, federais e da empresa Samarco para garantir o envio imediato de mais caminhões pipa e de recursos necessários para restabelecer água para toda a cidade. Hoje tem 23 caminhoes rodando, mas nesta quarta-feira (11) chegam mais 60. O Exército foi convocado para ajudar na logística, tanto para a distribuição como na procura por pontos novos de captação de água.

As aulas nas universidades foram suspensas na noite desta terça-feira e as municipais devem parar na tarde desta quarta-feira (11), apos novas análises do problema. A prefeita voltou a afirmar que a crise hídrica sem precedentes na historia de Valadares não tem data prevista para acabar e a água devera ser usada exclusivamente para o consumo e para o banho.

O equipe de técnicos da prefeitura foram para Mariana para ver de perto o que aconteceu e analisar o rastro de destruição. A Copasa ampliou de 800 mil litros para 3 milhões de litros a água tratada que esta sendo buscada em Ipatinga, Frei Inocêncio e Marilac. Tanto que o número de caminhões pipa solicitados a Samarco foram ampliados de 60 para 80. Vinte e três ja estão nas ruas, abastecendo prioritariamente os hospitais, escolas e abrigos. Com a ação judicial contra a Samarco, a prefeita buscara abastecer as residencias.

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