Maurício Tizumba celebra cultura afro-mineira em CD

Hoje em Dia
24/05/2015 às 12:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:11
 (Luiza Villarroel)

(Luiza Villarroel)

Não são raras as vezes em que o termo “multi” é usado para se referir a Maurício Tizumba. Para quem duvida do fôlego do mineiro, ele incorporou mais uma atividade ao seu dia a dia: agora, é também estudante de Turismo na Estácio de Sá. Mas ]é o artista que volta ao foco hoje: às 19h, Tizumba lança o disco “Galanga, Chico Rei”, no palco do Oi Futuro Klauss Viana. Com entrada franca, o show encerra a Mostra Benjamin de Oliveira.

O álbum – derivado do espetáculo de mesmo nome – reúne 11 faixas, sendo oito inéditas. Todas as composições são de Paulo César Pinheiro – duas, frutos da parceria de Tizumba e o compositor carioca, que trabalham juntos há dez anos. As harmonias ficaram a cargo de Sérgio Santos, de quem Tizumba é fã declarado. “É um dos melhores artistas brasileiros, está em outro nível. Seu modo de compor é muito rico, sem falar a capacidade de harmonização, que vai além”.

Universo negro
O disco origina-se do espetáculo homônimo, dirigido pelo competente João das Neves. Em cena, a vida do rei de uma tribo do Congo que, trazido como escravo para o Brasil, vira herói ao comprar a própria liberdade e, na sequência, adquirir riqueza e libertar centenas de outros escravos. O universo da cultura popular, como se sabe, sempre permeou a trajetória do (sim!) múltiplo Tizumba. Trajetória que, diga-se de passagem, nem sempre foi exatamente um mar de rosas – e a Mostra Benjamin de Oliveira é um exemplo.

“Seria muito mais ampla, mas, infelizmente, trabalhos que abordam a cultura popular sofrem todo tipo de resistência. Ainda assim, acredito que esses trabalhos devam ser feitos. E por vários motivos. O principal, o público”.

“As áfricas”
Viabilizado por meio do 3º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, o disco tem, como fio condutor, “as Áfricas”, o congado e as sonoridades brasileiras. Tizumba, que carrega na voz a identidade do povo mineiro, trabalhou, nesse CD, com grandes nomes.

Caso do piano do talentoso André Mehmari, da percussão de Sérgio Silva... O trabalho conta, ainda, com o baixo acústico de Beto Lopes, o vibrafone de Antônio Loureiro e um quinteto de madeiras.

“Galanga Chico Rei” – Hoje, às 19h, no Teatro Oi Futuro Klauss Viana (Av. Afonso Pena, 4001). Grátis.

* Colaborou Cássio Leonardo/ Especial para o Hoje em Dia.

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