(Editoria de Arte)
O técnico Marcelo Oliveira manteve a cautela nas declarações. Mas, certamente, festejou quando conheceu os adversários do Cruzeiro na Libertadores. Pela frente, oponentes de pouca tradição e que não devem complicar a classificação para as oitavas de final.
O bicampeão brasileiro vai encarar Mineros (Venezuela) e Universitario Sucre (Bolívia), além do vencedor do duelo entre Alianza Lima (Peru) e Huracán (Argentina) pela primeira fase.
Se avançar, o time peruano será o mais experiente do grupo, com 23 participações na competição. Curiosamente, a equipe de Lima esteve no caminho do Cruzeiro em ambas as campanhas vitoriosas do clube mineiro no torneio.
Em 1976, o duelo foi pelo triangular semifinal, que contava ainda com a LDU (Equador): vitória estrelada em Lima por 4 a 1 e goleada por 7 a 1 no Mineirão. Já em 1997, o encontro aconteceu na fase de grupos: derrota celeste por 1 a 0 em Lima e vitória por 2 a 0 no Gigante da Pampulha.
O Huracán, por sua vez, vive a melhor fase de seus 106 anos de história após a conquista da Copa Argentina. O clube também garantiu a volta à Primeira Divisão no nacional e pode dar trabalho pelo embalo.
Altitude
Com rivais teoricamente fracos, a Raposa terá um fator extracampo como adversário: a altitude de Sucre. A sede do Universitario está 2,8 mil metros acima do nível do mar. Em 2009, porém, o time celeste venceu os bolivianos por 1 a 0 no local, pela primeira fase da Libertadores.
Já contra o Mineros, o maior problema será o deslocamento. Isso porque Puerto Ordaz fica distante da capital Caracas, e a viagem deve exigir algumas escalas antes do desembarque final. O time, no entanto, vive uma crise no Campeonato Venezuelano.
“Na Libertadores, não existe jogo fácil. Vamos nos preparar para jogos difíceis, logísticas complicadas, possibilidade de jogar na altitude. É uma competição que não tem moleza”, define Marcelo Oliveira. Para ele, o elenco está mais maduro após a campanha de 2014 e pode chegar mais longe no ano que vem.
“É importante essa sintonia entre as pessoas da equipe, criar um bom ambiente, ter uma boa estrutura a favor. Teremos a possibilidade de fazer uma Libertadores com mais planejamento e mais consistência”, avalia o técnico.