Jeitos simples de fazer a diferença são premiados pelo concurso Gentileza Urbana

Ernesto Braga - Do Hoje em Dia
23/02/2013 às 11:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:17
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

Em 2002, a arquiteta Maria Antônia Dinelli Azevedo, de 35 anos, decidiu adotar a Praça Djalma Alves de Azevedo, em frente à casa dela, no bairro Jaraguá, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Em mais de uma década de cuidados com o espaço público, ela foi responsável pela ampliação dos jardins e se esforça para deixá-los sempre floridos.

A praça leva o nome do pai dela, morto há dez anos, e de quem herdou tanta dedicação. Em novembro, ela plantou 600 mudas de beijinho, flor com cores variadas.

“Se todo mundo adotasse um pedacinho verde, BH ficaria mais bonita e poderia voltar a ser chamada de cidade jardim”, sugere Maria Antônia.

Iniciativas como a dela serão agraciadas com o Prêmio Gentileza Urbana 2012, concedido desde 1993 pela seção mineira do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG). A solenidade da 20ª edição do evento está marcada para às 17h de hoje, no Museu de Artes da Pampulha (MAP).

Valorização

O prêmio foi criado para incentivar e valorizar ações de anônimos, em todo o Estado, relacionadas à gentileza urbana, diz a diretora do IAB Luciana Féres.

“Buscamos diferenciar educação de gentileza. Ceder um cadeira no ônibus, por exemplo, é uma obrigação de pessoas educadas. A gentileza vai além, é algo que tem repercussão entre os moradores de uma cidade”, ressalta.

Dos 61 inscritos no ano passado, em seis categorias (Arquitetura e urbanidade; Direito à paisagem urbana; Respeito à memória e ao patrimônio; Cidadania; Sustentabilidade ambiental; e Generosidade), 21 receberão uma placa em reconhecimento.

Todos os concorrentes são indicados por pessoas que tenham se sensibilizado com a iniciativa, e analisados por uma comissão julgadora.

O engenheiro mecânico Deivison Pedroza, de 39 anos, também será premiado. Ele é autor do vídeo “On ou off – De que lado você está?”, que retrata a substituição das relações pessoais pelas virtuais. “Está havendo uma desconstru-ção. Ninguém quer saber mais de ninguém. As pessoas não se preocupam em dar bom dia a quem está ao lado, mas mandam mensagens pelos sites de relacionamentos”.

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