Pela terceira vez, nas últimas cinco temporadas, Sada/Cruzeiro e Sesi-SP disputam uma final da Superliga Masculina de Vôlei. O confronto acontece hoje, às 10h, no Mineirinho.   Com um título para cada lado, a partida terá um tempero a mais, pois servirá também como um tira-teima. Mas o equilíbrio não para por aí. Com jogadores de características semelhantes em todas as posições, o duelo promete ser um dos mais disputados dos últimos anos.   A maior semelhança entre os adversários está nas pontas. Do lado do Cruzeiro, a dupla formada por Filipe e o cubano Leal tem funções bem definidas. Enquanto o primeiro é responsável pela recepção ao lado do líbero Serginho, o segundo tem como obrigação pontuar. Já no Sesi, Murilo tem a mesma função de Filipe, enquanto Lucarelli faz o papel de Leal.   “Eu e o Murilo temos a mesma função em nossas equipes, que é estruturar o fundo de quadra. Se necessário, também somos armas no ataque”, explica Filipe. “Atualmente, o vôlei é jogado assim, um ponteiro de ataque mais forte e outro com melhor passe. Um oposto de força, com centrais altos e fortes, um que ataca um pouco mais e outro que bloqueia melhor. Além disso, é preciso um levantador talentoso e um líbero regular”, complementa o experiente Murilo.   Eleito três vezes como melhor levantador da Superliga, William também vê semelhanças entre as duas equipes, e aponta a torcida como o diferencial para o Cruzeiro sair de quadra com a vitória e o título.   “São dois times bem parecidos. Com dois levantadores mais baixos, experientes, que sabem jogar. Dois centrais fortes em cada lado, linha de passe bem equilibrada e ótimos atacantes. Ponto a ponto é muito parecido, o que indica que será um grande jogo. Mas temos a vantagem da torcida. É buscar energia neles, já que dentro de quadra há equilíbrio”, aposta o levantador.   Atletas diferenciados   Principais pontuadores de cada equipe, o oposto Wallace, do Cruzeiro, e o ponteiro Lucarelli,do Sesi podem fazer a diferença na final. Ambos garantem estar prontos para a decisão.   “Apesar de a final ser novamente entre Cruzeiro e Sesi, a cada ano a situação fica mais difícil. Espero que realmente eu seja o diferencial e possa ajudar a equipe nos momentos cruciais, virando as bolas mais difíceis. Não sei se serei o jogador que vai despontar nessa final, mas se isso acontecer ficarei muito feliz”, avisa Wallace.   Cobrado por não conseguir repetir as grandes atuações em finais de campeonato, Lucarelli garante que isso não atrapalha. “A cobrança por uma grande atuação na decisão parte primeiro de mim mesmo. Acho que tenho que jogar meu melhor sempre, principalmente nesta final. A equipe está bem unida, todos se cobram, e essa é a fórmula de um time vencedor”, avalia o jovem ponteiro e ex-jogador do Minas.

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