Venda de material de construção recua 10,9%

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
02/09/2015 às 06:49.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:36
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

As vendas de material de construção caíram 10,9% em agosto na comparação com igual mês do ano anterior, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (1º) pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Com o resultado, a previsão da entidade é a de que o setor feche o ano com queda de 7%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve retração de 8,7%.   A redução no comércio refletiu diretamente nos postos de trabalho. De acordo com o levantamento da associação, o nível de emprego na indústria de materiais de construção caiu 5,8% na comparação com igual mês do ano passado. Comparado a julho, a retração foi de 0,6%.   Varejo salva   O desempenho só não foi pior porque o varejo, que recebe 50% dos itens do segmento, tem reagido melhor ao recuo nas vendas. “Podemos dizer que o varejo está segurando o setor. Em 2009 e 2010, a construção civil foi o destaque. Agora, é o varejo”, afirma o presidente da Abramat, Walter Cover.   Entre janeiro e agosto, as lojas de material de construção apresentaram retração de 3% nos pedidos, enquanto a construção civil, registrou queda de 11%. O varejo responde mais lentamente à retração econômica devido ao chamado “efeito formiguinha”, marcado pelas pequenas compras efetuadas pelas famílias.   Mês das reformas   Conforme afirma o presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção em Minas Gerais (Acomat-MG), Rui Fidelis de Campos Júnior, historicamente agosto é o mês das reformas. Além de ser o fim das férias, o mês é o último antes do período chuvoso.   “É quando as pessoas começam as reformas externas, preparando a casa para as festas de fim de ano”, afirma Campos Júnior. Apesar de a época ser boa para o comércio de materiais de construção, agosto decepcionou os lojistas. “Ainda não temos o balanço das vendas, mas não foi bom”, lamenta.   Na Obradec, depósito de material de construção que pertence ao presidente da Acomat, houve queda de 5% nas vendas em agosto, no confronto com igual período do ano passado. “O período é inédito. O segundo semestre é sempre melhor, mas dessa vez não vamos deslanchar”, lamenta. Para o acumulado do ano, a expectativa é faturar 2,5% a mais do que em 2014.   Na Casa de Tomé, depósito de construção localizado no bairro Palmeiras, região Oeste de Belo Horizonte, as vendas caíram, mas não chegaram a 10%, conforme afirma a gerente Edilene Alves Fialho. De acordo com ela, os materiais básicos, como areia, brita e cimento, continuam vendendo bem.   “Em agosto, o mercado chegou ao fundo do poço. Como não há como cair mais, estimamos que o ano feche melhor do que nos últimos 12 meses” Walter Cover, Presidente da Abramat

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