Estudantes ficam mais perto da arte no Centro Cultural Banco do Brasil

Gabriela Sales - Hoje em Dia
29/09/2014 às 09:46.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:24
 (Pablo Picasso e Andy Warhol na exposição Visões, no CCBB)

(Pablo Picasso e Andy Warhol na exposição Visões, no CCBB)

Diante das obras de arte expostas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o estudante Guilherme da Silva, de 10 anos, mal conseguia conter a admiração. O brilho no olhar era a prova de que o projeto CCBB Educativo, com a proposta de estreitar os laços entre escolas e o universo da arte, vem atingindo os resultados esperados.

Todos os dias, estudantes de seis a oito escolas das redes pública e privada da capital e da Grande BH visitam o espaço – um dos atrativos do Circuito Cultural Praça da Liberdade – em busca de conhecimento e de uma certa “intimidade” com Pablo Picasso, Warhol e Basquiat, nomes consagrados da mostra atualmente em cartaz, intitulada “Visões na Coleção Ludwig”.

Para facilitar a aproximação, a equipe educativa do CCBB desenvolveu atividades que dialogam, em linguagem apropriada, com o público-alvo do projeto, sobre o
contexto das obras, a trajetória dos artistas e o próprio conceito de coleção.

O projeto CCBB Educativo teve início há um ano, desde a abertura do espaço cultural. Em média, 360 alunos passam pelo local em quatro dias da semana.

“Nosso objetivo é aproximar as exposições do público e compartilhar ideias e experiências. Isso torna a visita muito mais atrativa e dinâmica”, disse o diretor do CCBB, Carlos Nagib Nunes.

Miniatura

“Conseguimos despertar a curiosidade dos alunos e visitantes. Buscando um e[/LEAD]ntendimento sobre as obras e o artista fica mais fácil e leve”, completa a
educadora Marina Clara Machado.

Um dos carros-chefes da interatividade é a reprodução das obras dos artistas em miniatura, quando é possível descobrir as particularidades dos traços, material
utilizado nas obras, cores e texturas.

“É tudo muito bonito. Os pintores utilizam ferramentas que temos na escola e usamos na aula. O gesso, a tinta e até colagem”, disse, encantado, o pequeno Guilherme. O fascínio pelos materiais fez também Cauã Felipe Fernandes, de 10 anos, observar as técnicas utilizadas pelos grandes artistas. “A vontade é de tocar e sentir o material. Cada escultura linda!”.

A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Imaco, Marília de Dirceu Sales Dias, que levou grupo de estudantes ao CCBB, disse que as atividades estimulam os alunos. “A experiência vai além dos fundamentos pedagógicos, pois ficam por toda a vida”. Incentivo contribui para a formação educacional

A inserção da arte e da cultura no ambiente escolar tem contribuído para a formação educacional de jovens e crianças. “É através dessas experiências que conseguimos extrair dos alunos essa percepção de que eles também fazem parte da cultura e da arte, seja como espectador, seja como atuante”, explicou a coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Fumec, Alexandra Latalisa.

O contato com as variadas manifestações artísticas é considerado também uma forma de inclusão social. “É um exercício de cidadania. Representa ter acesso às diferentes formas de ver a cidade e o mundo que fazemos parte. Isso enriquece o currículo escolar e a vida dos estudantes”, complementa o coordenador do
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Educativo, Alexandre Diniz. 

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