Líder da feira da madrugada diz que haverá quebra-quebra

Diego Zanchetta
29/05/2013 às 17:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:41

Porta-voz de sindicatos que representam ambulantes da Feira da Madrugada, o vereador Adilson Amadeu (PTB) disse na tarde nesta quarta-feira, 29, na Câmara Municipal, que haverá na madrugada novos protestos e "quebra-quebra" nas ruas contra o prefeito Fernando Haddad (PT). A Prefeitura determinou o fechamento até as 18 horas do local onde a "feirinha" funciona, no Brás, na região central de São Paulo, por falta de segurança. No espaço ficam 5 mil boxes e trabalham cerca de 11 mil pessoas.

Amadeu, que é da base governista, chamou a atual gestão de "incompetente" e disse que lojistas do Brás vão ser prejudicados. "O pessoal da feira está articulando protestos, todo mundo vai pra rua de novo. Quero ver o que o prefeito vai dizer quando o pessoal começar a colocar cola na fechadura das lojas, para não deixar mais ninguém abrir no Brás", discursou Amadeu.

O primeiro protesto contra o fechamento da feira para reforma ocorreu na madrugada desta quarta-feira. Os manifestantes chegaram a fechar a Rua São Caetano e a Avenida do Estado, impedindo o trânsito de veículos. A confusão começou por volta das 3 horas e a PM foi chamada para conter o tumulto. Muitos lojistas seguem neste momento em seus boxes e dizem que não vão sair após o prazo final.

Por volta das 14 horas, um grupo de ambulantes iniciou um protesto em frente ao Tribunal Federal Regional da 3ª Região (TRF3), na Avenida Paulista. A decisão do TRF que determinou o fechamento da Feira da Madrugada atende um pedido da Prefeitura, que alega risco de incêndio e necessidade de reformas no local de 30 mil metros quadrados, na Rua Barão de
Ladário.

"Tem muita gente do interior que vai vir para comprar no feriado, que não sabe que o lugar vai estar fechado. Isso é um erro, vai dar confusão", disse no plenário do Legislativo o parlamentar do PTB.

Em nota, a prefeitura assegurou o fechamento da Feira da Madrugada nesta quarta-feira. Barreiras de concreto foram colocadas no local, onde os comerciantes já estariam retirando suas mercadorias. O governo garante que vai concluir a reforma do local em 60 dias.
http://www.estadao.com.br

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