A Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, é mesmo muito prestigiada pelos amantes das manobras radicais com a prancha nos pés. Hoje, norte-americanos e brasileiros disputam a final do Campeonato Mundial de Wakeboard, a partir das 12h, no Clube Serra da Moeda. Nem mesmo o baixo nível da água, que surpreendeu os competidores, tirou o brilho da etapa mineira que abre o calendário da modalidade.   Diferentemente dos anos anteriores – este é a sexta edição consecutiva do Mundial na Lagoa dos Ingleses – o nível da água está bem baixo. Tal situação não dificultou as manobras dos atletas, mas alterou alguns detalhes da prova.   As mudanças   Única mineira a disputar, hoje, a final feminina do Campeonato Brasileiro (que acontece simultaneamente ao Mundial), Tereza Lobato, de 27 anos, a “Teca”, pontua as mudanças ocorridas por conta do nível da água.   “Tiraram o obstáculo que ficava no meio da passada. Encurtou a raia. Tiveram que diminuir a área de manobras porque quando tinha mais água a gente conseguia ir além. O que realmente muda é na pilotagem da lancha que puxa o atleta. O piloto tem que tomar cuidado e fazer a volta bem antes para não bater a hélice nos bancos de areia”, disse Teca, criada nesta mesma lagoa e dona de vários títulos da modalidade e pentacampeã brasileira.   Marreco está pronto   Outro brasileiro que tentará desbancar os gringos é o paulista Marcelo Giardi Marques, o “Marreco”, de 31 anos, um dos três brasileiros na final do Mundial, juntamente com os cinco norte-americanos, entre eles, o favorito e atual campeão, Phillip Soven. Marreco é hoje o maior “rider” brasileiro no wakeboard e detentor de cinco títulos do Campeonato Brasileiro.   “Era para ter ainda mais estrangeiros. Mas o que a organização nos relatou é que muitos não conseguiram visto há tempo, devido a demanda que está em alta por causa da Copa do Mundo no Brasil. O nível está ótimo e meu sonho é estar no pódio”, conta Marreco que ressalta ainda que esta etapa mineira é uma das melhores do Circuito Mundial.   “Aqui a atmosfera toda é a melhor. Viajo o mundo inteiro competindo e não há uma festa mais bonita que esta. A água é perfeita para andar, tem muito vento para formar as marolas, as pessoas comparecem em peso para assistir e ficam bem à margem da lagoa e isso deixa tudo ainda mais emocionante. Aqui é tudo perfeito”. 

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